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Total de áreas desmatadas no Estado cai 30% em um ano
Em 2009, SP perdeu 3.205 hectares de matas, o equivalente a 20 parques como o Ibirapuera
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DA REPORTAGEM LOCAL
Após dois anos de aumento
do desmatamento no Estado de
São Paulo, caiu em cerca de
30% o tamanho das áreas devastadas em 2009 na comparação com o ano anterior, conforme balanço divulgado pela Secretaria do Meio Ambiente.
Os dados levam em conta somente as áreas de floresta e cerrado denso -comum na região
central do Estado, como em
Bauru- e incluem tanto o desmatamento autorizado pelo governo como cortes clandestinos, sem licença do governo.
Embora o resultado seja considerado positivo pelo governo
José Serra (PSDB), o Estado
perdeu no ano passado 3.205
hectares de matas importantes,
área que equivale a 20 parques
como o Ibirapuera, na zona sul
de São Paulo. Em 2008, o número foi de 4.742 hectares.
O mesmo ritmo de queda, de
um terço entre 2008 e 2009, foi
observado quando se comparam as áreas em que a retirada
da vegetação foi feita após licença do governo.
A área total de vegetação autorizada para corte em 2009 alcançou 1.813 hectares e se concentrou na Baixada Santista,
que respondeu por quase metade do total -835 hectares.
O secretário Xico Graziano
(Meio Ambiente) atribuiu essa
pressão sobre os recursos naturais da baixada aos investimentos em infraestrutura para a exploração de óleo, gás e portos.
"Nosso objetivo utópico é
chegar ao desmatamento zero,
mas é óbvio que isso é impossível. Tem licença que somos
obrigados a conceder. Mas a
boa notícia é que a agropecuária começa a deixar de ser a
principal causa", diz Graziano.
O advogado Fabio Dib, que
representa ONGs ambientalistas da Baixada no Consema
(Conselho Estadual do meio
Ambiente), afirma ser "difícil"
conter a degradação da região.
"Há dezenas de pedidos de licenciamento no litoral, a pressão [dos empreendedores] é
muito grande. A situação é grave", afirma Dib.
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