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PARÁ
TJ arquiva processo contra juíza do caso de menina presa
KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
O Tribunal de Justiça do
Pará arquivou ontem o pedido de abertura do procedimento administrativo disciplinar contra a juíza Clarice
Maria de Andrade, suspeita
de não tomar medidas para
retirar da cadeia a menina de
15 anos que ficou detida com
homens em Abaetetuba
(PA), entre outubro e novembro do ano passado.
Os desembargadores decidiram que não houve motivos para a magistrada ser
responsabilizada, já que a
custódia do preso é do Estado: sete votaram a favor da
abertura; houve uma abstenção; e Albanira Bemerguy,
desembargadora presidente,
foi favorável. "[A juíza] recebeu a comunicação da prisão
em flagrante e a manteve, ficando ciente, naquela ocasião, que uma mulher estava
presa na delegacia de Abaetetuba", disse Bemerguy.
A juíza é suspeita de não
enviar o pedido de transferência à Corregedoria das
Comarcas do TJ antes de o
caso ser divulgado. Ela nega.
O Cedeca (Centro de Defesa da Criança e do Adolescente) Emaús, instituição
que defende a menina, lamentou a decisão.
"[A decisão] evidencia a
omissão do Judiciário diante
de graves indícios de ilegalidade cometidos pela juíza,
apontados pela Corregedoria
das Comarcas do TJ", disse o
advogado Bruno Medeiros.
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