São Paulo, domingo, 03 de abril de 2011

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YOSHITO NOMURA (1925-2011)

Fez a família toda gostar de golfe

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Yoshito Nomura, acostumado a jogar tênis e beisebol, um dia decidiu praticar golfe para se enturmar. Os amigos do trabalho que ele arrumara na Mitsui, empresa de importação e exportação, eram golfistas naquela década de 60.
O atalho para se adaptar aos novos colegas virou para ele uma paixão, passada depois para a mulher, Emi, e para a única filha, Tiemi.
Surgia assim uma família de golfistas. Emi representou o Brasil em jogos no exterior por dez anos. Tiemi também jogou profissionalmente.
Filho de imigrantes japoneses que vieram administrar uma fazenda de café no Brasil, Yoshito nasceu e cresceu no interior de São Paulo, onde conheceu a mulher. Eles se casaram em 1953.
De 1988 a 1990 e no biênio 1993 e 1994, ele presidiu a Federação Paulista de Golfe. Da entidade, foi ainda diretor financeiro e diretor técnico por 35 anos. De 1969 até o ano passado, organizou o Campeonato Nikkey de Golfe.
Como lembra a mulher, o marido incentivou a prática esportiva entre crianças e entre a comunidade japonesa.
Nos últimos anos, aceitou ser árbitro. Como, ao falar, trocava os "eles" pelos "erres", sempre dizia "descrassificado" para o jogador que cometia infrações. Os amigos brincavam com ele por isso.
Ultimamente, viu realizado seu antigo sonho de o golfe estar nos Jogos Olímpicos. Rio-2016 terá a modalidade.
Na segunda, Yoshito morreu aos 85, após sofrer um infarto. Teve dois netos que, segundo Emi, acabaram se voltando mais para o futebol.
A missa do sétimo dia será hoje, às 19h, na igreja da Cruz Torta, em São Paulo.

coluna.obituario@uol.com.br


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