São Paulo, quarta-feira, 03 de maio de 2006

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Governador vai definir nome do defensor público

DA REPORTAGEM LOCAL

A primeira fase da eleição indireta para o cargo de defensor público geral do Estado ocorreu ontem. A escolha final, no entanto, caberá ao governador Cláudio Lembo (PFL).
Os 87 procuradores do Estado que já atuavam na assistência judiciária e optaram pela carreira de defensores públicos foram os eleitores. Os três candidatos, que vieram do mesmo grupo, terão seus nomes encaminhados ao governador, junto com o respectivo número de votos recebido por cada um. Ontem a apuração dos votos ainda estava em curso.
Diante de um órgão recém criado, os candidatos têm propostas muito parecidas. Em linhas gerais, garantir a estruturação da defensoria, providenciando espaços adequados, novas contratações, além de "abastecer" com defensores locais mais necessitados.
Especializada em direito de família, Cristina Guelfi Gonçalves, 36, está na procuradoria do Estado desde 94. Além da estruturação, quer dar prioridade ao atendimento multidisciplinar previsto na legislação da defensoria, por meio de psicólogas, assistentes sociais e outros profissionais que podem atuar como mediadores de conflitos. "A idéia é que não seja preciso chegar à via judicial."
Pedro Giberti, 53, especializado em direito penal e desde 92 na procuradoria, quer garantir que a estruturação da defensoria ocorra com qualidade. "Queremos estruturar a defensoria com um diferencial: que ela esteja inserida em um projeto de qualidade, junto com uma instituição reconhecida, a ser escolhida por licitação, como a FGV, por exemplo", afirmou.
Vitore André Zilio Maximiano, 37, que também vem da área penal, e está desde 94 na procuradoria, destaca que os defensores terão de se preocupar também em formular e propor políticas públicas, para diminuir os conflitos entre cidadãos e Estado. "Queremos uma defensoria que se volte para fora. Poderemos ser parceiros do Ministério Público."
A associação dos defensores públicos, criada por procuradores, pretende entrar com ação de inconstitucionalidade caso a Assembléia Legislativa permita a entrada dos advogados da Funap e de orientadores trabalhistas na carreira.
(FABIANE LEITE)


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