São Paulo, sábado, 03 de maio de 2008

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Túnel fará ligação entre Imigrantes e avenida

Passagem subterrânea de 4,5 km interligará a avenida Jornalista Roberto Marinho e a rodovia dos Imigrantes, na zona sul

A obra, com custo estimado em R$ 1 bilhão, está em fase de projeto; o objetivo é criar um corredor exclusivo para automóveis e motos

EVANDRO SPINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Um túnel de 4,5 quilômetros ligará a avenida Jornalista Roberto Marinho à rodovia dos Imigrantes. Sobre o túnel haverá um "metrô de superfície", que passará também pelo aeroporto de Congonhas.
Esse pacote de obras para serem executadas nos próximos seis anos foi anunciado ontem de manhã pela Prefeitura de São Paulo e pelo governo do Estado durante a vistoria final das obras da ponte estaiada Octavio Frias de Oliveira, na zona sul de São Paulo.
O prefeito Gilberto Kassab (DEM) disse que, com a inauguração da ponte no próximo sábado, a prefeitura poderá começar a segunda etapa das obras de infra-estrutura financiadas com recursos da Operação Urbana Água Espraiada.
A extensão da Roberto Marinho até a avenida Pedro Bueno, um trecho de 400 metros, já está em licitação e as obras, com duração prevista de 17 meses, devem começar ainda neste ano. Desse ponto da avenida Jornalista Roberto Marinho até a Imigrantes, de acordo com Kassab, a ligação viária será subterrânea.
A obra, com custo estimado em R$ 1 bilhão, ainda está em fase de projeto. A idéia é criar uma espécie de corredor exclusivo para carros e motos.
Hoje, a principal ligação com a Imigrantes é por meio da avenida dos Bandeirantes, normalmente congestionada por causa, principalmente, do tráfego de caminhões.
O acesso da marginal Pinheiros para a Roberto Marinho será, a partir da próxima semana, pela ponte estaiada, vetada para ônibus e caminhões. Porém esse corredor ainda não dá acesso à Imigrantes. A extensão da Roberto Marinho até a Pedro Bueno cria uma espécie de "atalho" que deve desviar o tráfego de carros da Bandeirantes. O túnel consolidará o corredor.
Em todo o trecho da obra estão previstas cerca de 8.500 desapropriações -a maioria em favelas- para as obras do túnel, do "metrô de superfície" e de parques que deverão ser construídos sobre o túnel da Roberto Marinho.
Para abrigar as famílias desapropriadas serão feitos inicialmente três conjuntos habitacionais -no Jardim Edith, com 528 unidades, na av. Washington Luís, com 240, e na rua dos Corruíras, com 248.
No total, o pacote de obras, incluindo as desapropriações e conjuntos habitacionais, deve custar cerca de R$ 2,5 bilhões.
A prefeitura estima bancar cerca de R$ 1,5 bilhão. Parte desse recurso será arrecadada com a venda de Cepacs -títulos que permitem a construção de prédios mais altos do que o previsto no plano diretor.
O governo federal deve enviar R$ 400 milhões, para as obras do "metrô de superfície".
Os cerca de R$ 600 milhões restantes devem ser bancados pelo governo do Estado. A maior parte desse recurso deve ser usada no túnel de ligação com a rodovia dos Imigrantes.


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