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Metrô rejeita propostas para linha lilás
Impasse em preço faz companhia requisitar novo orçamento a empreiteiras até o dia 10 de maio, e projeto pode atrasar
Técnicos consideraram
que valores estavam até 30% acima do projetado para a construção do lote 2
RICARDO FELTRIN
DA REPORTAGEM LOCAL
O Metrô de São Paulo decidiu
rejeitar as propostas apresentadas pelas empresas interessadas na construção do lote 2 da
linha 5-lilás, que irá a princípio
do largo Treze, em Pinheiros,
até Capão Redondo e, depois,
até a Chácara Klabin. Toda a
obra está orçada em aproximadamente R$ 5 bilhões.
O cancelamento ocorreu na
última segunda-feira, dias depois da abertura dos envelopes.
O Metrô, em comunicado em
seu site, requisitou a "reformulação dos preços dentro das
condições originais da licitação" até o próximo dia 10.
Pelo resultado dos envelopes, o lote foi vencido pelo consórcio Galvão/Serveng. O valor
apresentado pelas empresas
não foi divulgado.
Procurada, a assessoria do
Metrô afirmou, em nota, que "a
fase atual é de análise das propostas apresentadas por seis
consórcios concorrentes".
Segundo apurou a reportagem, o motivo da rejeição das
propostas foram os preços
apresentados, considerados altos demais por técnicos do Metrô -em torno de 30% acima
do que a companhia havia estipulado como teto no edital.
Semanas antes da abertura
das propostas, as empreiteiras
se reuniram e foram até a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos e à presidência do Metrô.
Reclamavam que os preços
definidos eram impraticáveis
em relação aos valores atuais
do mercado. Apesar da reclamação, Metrô e secretaria decidiram continuar o processo.
Com o adiamento, as 13 empresas que disputam os sete lotes remanescentes da obra terão de refazer as propostas e
entregá-las novamente, para
uma nova concorrência do lote
2 da linha 5-lilás.
Por causa do adiamento, a
abertura dos demais seis lotes
que completam a linha também vai atrasar. O lote 1 foi licitado no ano passado, ficou para
a Constran/Contrucap e a obra
já está em andamento.
Pela programação do Metrô,
a primeira estação da linha lilás
tem de estar pronta em agosto,
e a segunda, em outubro.
Em agosto do ano passado,
foi iniciada essa parte da obra,
entre o largo Treze e a futura
estação Adolfo Pinheiro. Quando chegar até à Chácara Klabin,
serão 11,4 kms de via, 11 novas
estações e mais 26 trens, segundo dados do Metrô.
Outras linhas, como a 2-verde, já estão com atraso. As estações Tamanduateí e Vila Prudente, por exemplo, deveriam
ter sido entregues dois meses
atrás, mas ainda não há previsão de quando isso ocorrerá.
Na linha 4-amarela também
há atrasos. Pelo cronograma do
Metrô, os terminais na praça da
República e da Luz deveriam
ter sido inaugurados em janeiro, mas ficaram para dezembro.
Colaborou JOSÉ ERNESTO CREDENDIO, da Reportagem Local
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