Agência impediu a comercialização do creme Tri-Luma com alegação de "não-cumprimento das boas práticas de fabricação'

A Galderma, empresa importadora do produto, afirmou que toma medidas necessárias para normalizar a situação da mercadoria

DANIEL BERGAMASCO
DA REPORTAGEM LOCAL

Com alegação de "não-cumprimento das boas práticas de fabricação", a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou a suspensão de importação e comercialização do creme Tri-Luma, medicamento usado para clarear manchas da pele.
Fabricado pelo Hill Laboratories, nos Estados Unidos, o creme é importado pela Galderma Brasil há três anos. Uma bisnaga de 15 gramas custa, em média, R$ 100.
A Anvisa publicou a suspensão no "Diário Oficial" da União depois que seus técnicos inspecionaram a fábrica do medicamento e constataram irregularidades no mecanismo de produção. Procurada pela Folha, a Anvisa não detalhou os problemas da fábrica e diz que os lotes apreendidos serão analisados.
"Tal situação tem caráter provisório, pois a Galderma está tomando todas as medidas necessárias para que a comercialização e importação de Tri-Luma sejam normalizadas o mais breve possível. Reiteramos que o Tri-Luma não oferece risco aos pacientes", diz a assessoria de imprensa da distribuidora do produto.
"A suspensão da venda do Tri-Luma foi uma surpresa", diz a dermatologista Luciane Scattone, mestre pela Universidade de São Paulo. "É um medicamento eficaz, muito bom. Alguns pacientes tem irritação na pele, então recomendo começar o uso aos poucos."
A empresária Marília Folino, 34, usuária do creme, também se surpreendeu. "Uso para clarear as manchas de pele que apareceram após a gravidez. Eram manchas bem escuras, que consegui clarear bem", diz. "Não sei o que farei quando acabar."
A secretária Roberta Moraes, 31, também gostou do resultado do produto. "É difícil clarear minhas manchas no mesmo tom da pele porque sou bem branquinha, mas o creme resolveu quase todo meu problema. As manchas não sumiram totalmente, mas nem dá mais para notar."


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