São Paulo, quinta-feira, 03 de junho de 2010

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Vacinação contra gripe A vai continuar

Mesmo com fim da campanha, Ministério da Saúde recomenda que municípios continuem aplicando a vacina

Meta de 80% não foi atingida entre adultos de 20 e 39 anos (60%) e de crianças de dois a cinco anos (10%)

ANGELA PINHO
DE BRASÍLIA

Sem atingir todas as metas da vacinação contra a gripe A, o Ministério da Saúde quer agora que os municípios continuem aplicando as vacinas excedentes nos grupos definidos como alvo da campanha, que terminou ontem.
Pessoas com doenças crônicas, adultos de 20 a 39 anos, gestantes e crianças de seis meses a cinco anos são os grupos prioritários.
Até as 20h de ontem, quase 74 milhões de pessoas haviam sido imunizadas. O Brasil adquiriu 113 milhões de doses da vacina e, segundo o ministério, todas as unidades já foram enviadas aos Estados e municípios.
Segundo a pasta, os postos têm autonomia para definir quais grupos ainda podem receber a vacina que sobrou.
Por exemplo: se uma pessoa de um grupo que já atingiu a meta pedir para tomar a vacina, o posto pode se recusar a aplicar a dose para destinar as vacinas extras aos grupos que ainda não atenderam a meta do governo.

METAS
O objetivo da campanha contra o vírus H1N1 era atingir pelo menos 80% de cada um dos grupos de risco.
Mas, entre os adultos de 30 a 39 anos, a cobertura foi de 60%. Entre crianças de dois a cinco anos, o índice foi ainda mais baixo, de apenas 10%.
Elas foram as últimas incluídas na campanha, mas a convocação será reforçada pelo governo no próximo dia 12, quando começa a campanha contra a poliomielite.
Ainda assim, o ministro José Gomes Temporão (Saúde) recomendou que elas sejam levadas a um posto de saúde antes disso, para se protegerem para o inverno Para as crianças, a vacinação deve ser dividida em duas meias doses, com intervalo de 21 dias. A vacina demora, em média, 14 dias para fazer efeito totalmente.
Entre as gestantes, 70% foram vacinadas, mas o ministério afirma que o percentual está dentro do esperado, porque a meta de 80% foi estabelecida em função da estimativa do número de mulheres que iriam engravidar ao longo de todo o ano.
O Ministério da Saúde considerou um "sucesso" a campanha. Segundo a pasta, as pessoas já imunizadas contra a gripe A no Brasil correspondem a 37% da população, percentual maior do que os verificados nos Estados Unidos (24%), por exemplo.


Colaborou FERNANDA BASSETTE , de São Paulo

PASQUALE CIPRO NETO
Excepcionalmente hoje, a coluna não é publicada


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