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LUIS CARLOS STREET (1928-2010)
Uma carreira em investimentos
ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
Ler sobre bancos, balanços e demais assuntos econômicos era uma diversão para
Luis Carlos Street, o Caco,
que construiu toda a carreira
na área de investimentos.
Na profissão, ele começou
no extinto BNI (Banco Nacional Imobiliário), uma instituição fundada nos anos 40.
Depois, Caco trabalhou no
Banco Mercantil, incorporado há alguns anos pelo Bradesco. Seu pai e irmão também passaram pela empresa,
onde ele ficou por 30 anos.
Chegou a ser diretor da Finasa, a parte de investimentos da firma, como conta seu
irmão, Raul, o Doca Street.
Após sair do Mercantil,
ajudou na fundação do Grupo Brasil, dono de empresas
como a Sifco, de autopeças.
Mas nem só de dinheiro falavam seus livros. Segundo o
irmão, Caco gostava também
de literatura e se especializou
no português Eça de Queiroz.
Era um homem elegante,
espirituoso, que adorava tirar sarro das coisas. No hospital onde ficou, acabou contagiando a equipe médica,
diz sua mulher, May.
Em 1994, perdeu o filho,
Churchill, um músico de 36
anos, que, na luta para sobreviver, havia recebido até
um rim de Doca, seu tio. Morreu devido a uma diabetes.
Caco se abateu profundamente com a perda. Há sete
anos, começou a sofrer problemas cardíacos, carregava
dois marca-passos no peito e
teve uma hipotensão postural, que não lhe permitia ficar
em pé, pois sua pressão caía.
Morreu no domingo, aos
82. Deixa viúva, filha e três
netos. A música "Viagem",
feita por seu filho, foi tocada
no velório. A missa de sétimo
dia será na segunda, às 11h,
na igreja São José, em SP.
coluna.obituario@uol.com.br
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