São Paulo, sexta-feira, 03 de junho de 2011

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Após acordo, trens voltam a circular na Grande SP

Cerca de 2,4 milhões foram afetados; paralisação foi a maior da década

Na região do ABC, greve de motoristas continua pelo menos até as 9h, quando a categoria realiza assembleia

Moacyr Lopes Junior/Folhapress
Homens caminham pelos trilhos dos trens da CPTM durante paralisação realizada ontem

DE SÃO PAULO

Após milhões de passageiros prejudicados na Grande São Paulo durante dois dias seguidos, a paralisação dos trens da CPTM foi suspensa no final da tarde de ontem -e a ameaça de greve no metrô hoje acabou descartada.
Mesmo com a normalização da rede sobre trilhos, a região metropolitana ainda poderá enfrentar transtornos no transporte coletivo.
Isso porque ônibus da região do ABC paulista seguirão parados, pelo terceiro dia, pelo menos até as 9h, quando uma assembleia no sindicato dos rodoviários decide se eles voltam a rodar.
Só na malha da CPTM, a estimativa é que 2,4 milhões ficaram sem transporte ontem devido à paralisação por reajuste salarial que atingiu toda a rede de trens -no dia anterior, havia sido parcial.
Foi a maior greve dos ferroviários em São Paulo em mais de uma década, segundo Jurandir Fernandes, secretário dos Transportes Metropolitanos do governo Geraldo Alckmin (PSDB).
A paralisação de toda a CPTM (que tem 89 estações e atende 22 municípios) sobrecarregou as estações do metrô, superlotou ônibus municipais e também levou ao adiamento da integração da linha 9-esmeralda de trem com a estação Pinheiros da linha 4-amarela do metrô.
Com a retomada da linha 9, a baldeação em Pinheiros deve estrear hoje de manhã.
A suspensão da greve pelos sindicatos foi decidida após a Justiça endurecer na ameaça de punição.
O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) dobrou, para R$ 200 mil, a multa diária pelo descumprimento da liminar que determinava a manutenção de 90% do contingente em horário de pico.
Mesmo com a suspensão da greve, os impasses não foram resolvidos. Haverá nova discussão no dia 10.
A CPTM propõe reajuste de 3,27%. Os sindicatos agora adotam discurso unificado de aumento próximo de 8%.
No ABC, a greve atingiu 14 das 19 empresas de ônibus metropolitanos e prejudicou 200 mil passageiros ontem.
O sindicato decidiu manter a greve pelo menos até as 9h de hoje mesmo sob pena de multa de R$ 200 mil.


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