São Paulo, sexta-feira, 03 de junho de 2011

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Fura-Fila vira vitrine ambiental de Kassab

Agora chamado de Expresso Tiradentes, ele será apresentado hoje a cidades do C40, que discute mudança climática

Justificativa é que por ser corredor expresso e ter frota híbrida, polui menos; obra já gastou cerca de R$ 700 milhões

EDUARDO GERAQUE
EVANDRO SPINELLI
VANESSA CORREA
DE SÃO PAULO

O Fura-Fila, que em quase uma década já consumiu perto de R$ 700 milhões e foi feito sobre um rio poluído e malcheiroso, será apresentado pela prefeitura a técnicos das cidades do C40 como um exemplo ambiental.
As justificativas são que, por ser um corredor expresso, sem semáforos ou ultrapassagens, tem velocidade maior e emite menos poluentes, e parte da frota é híbrida (diesel e eletricidade), o que polui menos.
O Fura-Fila, rebatizado de Expresso Tiradentes, tem hoje apenas 11 km de extensão (menos de um terço do previsto) e transporta menos passageiros que a maioria dos corredores -81 mil por dia, contra 300 mil do de M'Boi Mirim, por exemplo.
Projetado como um corredor de ônibus, terá sua extensão da Vila Prudente a Cidade Tiradentes, na zona leste, feita em um sistema de monotrilho considerado pela CPPU (Comissão de Proteção da Paisagem Urbana), da própria prefeitura, obra que deve causar poluição visual.
A extensão está atrasada. O prefeito Gilberto Kassab (PSD) prometeu entregar a obra até o fim de seu mandato, em 2012, mas apenas o trecho até São Mateus, se tudo der certo, será entregue.
Heliópolis, o aterro São João e o futuro parque Várzeas do Tietê também serão apresentados como exemplos no C40, que acaba hoje.
O São João, em São Mateus (zona leste), foi citado várias vezes pela captação de gás metano que gera energia. Os dois aterros desativados da cidade (o outro é em Perus) produzem energia para 600 mil pessoas -equivalente a uma cidade como Sorocaba.
Heliópolis será exemplo pelos projetos habitacionais. Várzeas do Tietê, anunciado como o maior parque linear do mundo, com 75 km, ainda está em obras.


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