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TRANSPORTE
Ministério Público alegou que integrantes do sindicato dos motoristas e cobradores de SP poderiam ameaçar testemunhas
Sindicalistas soltos terão de voltar à prisão
DA REPORTAGEM LOCAL
Seis dias após terem a prisão
preventiva revogada, oito integrantes do sindicato dos motoristas e cobradores de São Paulo, denunciados sob a acusação de integrar uma quadrilha para organizar greves, entre outros crimes,
vão voltar para as celas da Polícia
Federal. Até a noite de ontem, cinco já haviam sido presos e três
ainda estavam foragidos.
Na segunda-feira, o Ministério
Público Federal obteve, no Tribunal Regional Federal da 3ª Região,
uma liminar que restabeleceu a
prisão preventiva dos sindicalistas. O juiz federal Johonsom Di
Salvo aceitou o recurso dos procuradores, alegando que os sindicalistas soltos poderiam prejudicar as investigações da polícia e
ameaçar testemunhas.
Eles estavam soltos desde a última sexta-feira por uma decisão
do juiz Toru Yamamoto, da 3ª
Vara Criminal Federal de São
Paulo. Yamamoto havia afirmado
na sentença que os réus tinham
residência fixa e podiam responder ao processo em liberdade.
O juiz desqualificou a principal
denúncia da Procuradoria -a de
formação de quadrilha armada-
sob alegação de que "não houve
apreensão de armas ilegais" e que
a acusação não individualizou a
conduta de cada um no crime.
O advogado dos sindicalistas,
Alexandre Crepaldi, afirmou ontem que irá entrar com um pedido de habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça), para
revogar a decisão do juiz Di Salvo.
Os cinco sindicalistas já presos
são: Luiz Carlos Antonio, Jorge
Luis de Jesus (conhecido por Febem), José Otaviano de Albuquerque (Xerife), Isao Hosogi
(Jorginho) e José Simião de Lima
Filho. Este último havia sido liberado anteontem, por estar cumprindo outro mandado de prisão,
e foi surpreendido em sua casa,
ontem, pelos policiais.
Até a conclusão desta edição estavam foragidos Geraldo Diniz da
Costa, Edivaldo Lima da Silva e
Francisco Xavier da Silva Filho.
De acordo com o delegado Wagner Castilho, eles não foram encontrados em casa. "Os outros foram presos em suas casas e não
ofereceram resistência."
Foi detido também Albano Dias
de Andrade, que estava foragido
desde o início das investigações.
Agora, são 16 membros do sindicato presos, sob acusação de receber propina de empresários para fazer greves e ocultar irregularidades trabalhistas.
A Polícia Federal e a Delegacia
Regional apreenderam ontem
uma série de documentos na viação Capital, sob suspeita de irregularidades trabalhistas.
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