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São Paulo, quinta-feira, 03 de julho de 2003

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TRANSPORTE

Ministério Público alegou que integrantes do sindicato dos motoristas e cobradores de SP poderiam ameaçar testemunhas

Sindicalistas soltos terão de voltar à prisão

DA REPORTAGEM LOCAL

Seis dias após terem a prisão preventiva revogada, oito integrantes do sindicato dos motoristas e cobradores de São Paulo, denunciados sob a acusação de integrar uma quadrilha para organizar greves, entre outros crimes, vão voltar para as celas da Polícia Federal. Até a noite de ontem, cinco já haviam sido presos e três ainda estavam foragidos.
Na segunda-feira, o Ministério Público Federal obteve, no Tribunal Regional Federal da 3ª Região, uma liminar que restabeleceu a prisão preventiva dos sindicalistas. O juiz federal Johonsom Di Salvo aceitou o recurso dos procuradores, alegando que os sindicalistas soltos poderiam prejudicar as investigações da polícia e ameaçar testemunhas.
Eles estavam soltos desde a última sexta-feira por uma decisão do juiz Toru Yamamoto, da 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo. Yamamoto havia afirmado na sentença que os réus tinham residência fixa e podiam responder ao processo em liberdade.
O juiz desqualificou a principal denúncia da Procuradoria -a de formação de quadrilha armada- sob alegação de que "não houve apreensão de armas ilegais" e que a acusação não individualizou a conduta de cada um no crime.
O advogado dos sindicalistas, Alexandre Crepaldi, afirmou ontem que irá entrar com um pedido de habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça), para revogar a decisão do juiz Di Salvo.
Os cinco sindicalistas já presos são: Luiz Carlos Antonio, Jorge Luis de Jesus (conhecido por Febem), José Otaviano de Albuquerque (Xerife), Isao Hosogi (Jorginho) e José Simião de Lima Filho. Este último havia sido liberado anteontem, por estar cumprindo outro mandado de prisão, e foi surpreendido em sua casa, ontem, pelos policiais.
Até a conclusão desta edição estavam foragidos Geraldo Diniz da Costa, Edivaldo Lima da Silva e Francisco Xavier da Silva Filho. De acordo com o delegado Wagner Castilho, eles não foram encontrados em casa. "Os outros foram presos em suas casas e não ofereceram resistência."
Foi detido também Albano Dias de Andrade, que estava foragido desde o início das investigações.
Agora, são 16 membros do sindicato presos, sob acusação de receber propina de empresários para fazer greves e ocultar irregularidades trabalhistas.
A Polícia Federal e a Delegacia Regional apreenderam ontem uma série de documentos na viação Capital, sob suspeita de irregularidades trabalhistas.


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