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Equipamentos e capacitação ruins prejudicam tratamento
DA REPORTAGEM LOCAL
A inadequação de equipamentos, a falta de capacitação e
o excesso de envolvimento
emocional dos profissionais
são apontados como os principais problemas no tratamento
da criança vítima de acidente .
Segundo a cirurgiã pediatra
Simone Abib, em geral, os profissionais que lidam com trauma não são da área pediátrica e
vice-versa. "Por se tratar de
criança, há uma comoção grande, que pode interferir na atuação. A situação de atendimento
é muito pior que a do adulto."
Em sua tese de doutorado,
Abib avaliou o atendimento
pré-hospitalar dispensado às
crianças e, a partir daí, surgiu
uma parceria com a equipe do
Corpo de Bombeiros. Os alunos
de medicina da Unifesp, por
exemplo, passam por treinamento de técnicas de salvamento na escola de bombeiros.
Para o médico Renato Poggetti, do HC, o principal problema é o fato de a criança ser tratada como um adulto pequeno.
Ele exemplifica com o fato de a
criança ter uma reserva fisiológica maior do que a do adulto, o
que gera uma demora na apresentação de certos sintomas,
como aumento da freqüência
cardíaca e queda da pressão.
O uso de aparelhos inadequados também pode causar problemas sérios.
(CC)
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