São Paulo, quinta-feira, 03 de julho de 2008

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Lei dos caminhões afeta serviços das subprefeituras

Veículos da administração são obrigados a circular três horas a menos por dia

Regra atinge caminhões das subprefeituras da Sé, Lapa, Vila Mariana, Ipiranga e Pinheiros em serviços de limpeza, entre outros

Robson Ventura/Folha Imagem
Agente da CET fiscaliza caminhões na avenida Cerro Corá (SP)

EVANDRO SPINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Cinco subprefeituras da região central de São Paulo reduziram a prestação de serviços à população devido à restrição ao trânsito de caminhões determinada pela gestão de Gilberto Kassab (DEM).
As subprefeituras da Sé, Lapa, Pinheiros, Vila Mariana e Ipiranga estão trabalhando três horas a menos por dia em serviços como tapa-buracos, pinturas antipichação, poda e remoção de árvores, conservação de praças e canteiros e limpeza de bueiros e bocas-de-lobo.
Até a semana passada, o trabalho era feito das 8h às 17h. Agora, as restrições permitem a circulação de caminhões que prestam serviços públicos apenas das 10h às 16h.
Os problemas se estendem à coleta de lixo domiciliar, varrição de ruas e lavagem de vias que recebem feiras livres.
Desde segunda-feira, todos os caminhões estão proibidos de circular em uma área de cerca de 100 km2 na região central de São Paulo -a chamada ZMRC (zona máxima de restrição de circulação)- entre as 5h e as 21h, o que afeta 5 das 31 subprefeituras.
No entanto, decretos de Kassab estabeleceram uma série de exceções à regra. Os caminhões que prestam serviços públicos essenciais estão entre as exceções, mas há restrição de tempo -eles não podem circular nos horários de pico da manhã e da tarde.

Período noturno
Com a restrição, parte dos serviços prestados pelas subprefeituras está sendo transferida para o período noturno, como o tapa-buracos (a maior parte desse trabalho já era feita à noite, principalmente nas vias mais movimentadas), mas outras atividades estão represadas, principalmente a poda e remoção de árvores e a coleta de galhos nas ruas.
Como a restrição começou nesta semana, ainda não é possível aferir a quantidade de serviços que não foram realizados, mas técnicos das subprefeituras disseram esperar já para as próximas semanas uma enxurrada de reclamações.
A prioridade, segundo a Folha apurou, é para a realização dos serviços solicitados por meio do telefone 156 e para atender as reclamações feitas nas próprias subprefeituras e por outros canais do governo, como os gabinetes dos vereadores na Câmara Municipal.
A Secretaria de Coordenação das Subprefeituras disse que a orientação aos funcionários é tentar "otimizar" o trabalho no horário permitido para a circulação de caminhões. No horário em que os caminhões precisam permanecer nas garagens, os funcionários estão direcionados a trabalhos internos.


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