São Paulo, quinta-feira, 03 de julho de 2008

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Tiroteio na Dutra mata 2 e atinge advogado

Polícia Federal diz que bandidos, em arrastão, tentaram assaltar carro com ao menos dois agentes, que reagiram

José Diniz Guidolim, 51, estava parado em seu Honda Civic quando foi baleado no pescoço, mas não corre risco de morrer

LUIS KAWAGUTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Um tiroteio entre policiais federais e pelo menos 15 criminosos em um congestionamento na rodovia Presidente Dutra, na zona norte da capital paulista, acabou com um advogado baleado no pescoço e dois criminosos mortos. A troca de tiros aconteceu por volta das 19h de anteontem, perto do acesso à marginal Tietê.
Segundo a Polícia Federal, os criminosos tentavam realizar um arrastão nos motoristas dos dois lados da rodovia quando abordaram um carro descaracterizado com pelo menos dois agentes. Eles retornavam de uma missão, no interior de São Paulo, para a Superintendência da PF, na Lapa (zona oeste de São Paulo).
Os policiais reagiram ao assalto e trocaram tiros com os criminosos, que, segundo a PF agiam armados. Os motoristas presos no trânsito permaneceram em seus veículos durante a troca de tiros, segundo relato de testemunhas.
Dois dos criminosos foram mortos na troca de tiros, segundo a PF, e os demais conseguiram escapar. A Polícia Civil informou, no entanto, que apenas um dos criminosos morreu.
O advogado José Diniz Guidolim, 51, estava parado no congestionamento em seu Honda Civic. Ele foi um dos motoristas assaltados, segundo a PF, e acabou sendo atingido por um disparo no pescoço. A PF não soube informar se o tiro partiu da arma de um dos criminosos ou de um dos policiais.

Socorro
A promotora Berenice Correia Cherubini, do Ministério Público de Mairiporã (Grande São Paulo), retornava para a sua casa em São Paulo quando seu motorista ouviu os tiros. Os dois estavam na pista local da Dutra e pararam próximo do local onde o advogado era socorrido pelos policiais.
"Eu vi três adolescentes que tinham participado do arrastão correndo. Os policiais não podiam sair de lá e pediram para que alguém ajudasse no socorro", disse a promotora.
O advogado foi passado por cima da mureta divisória da pista e colocado no banco de trás do carro da promotora.
"Um homem que estava em seu carro desceu e foi abrindo caminho a pé no trânsito. Eu não sabia onde ficava o hospital mais próximo. Por sorte, achamos um taxista que sabia o caminho. O homem que estava a pé entrou no taxi e foi abrindo caminho aos gritos até chegarmos ao hospital", contou.
De acordo com Berenice, o advogado chegou ao pronto-socorro do Pari (região central de São Paulo) em aproximadamente dez minutos e foi depois transferido para outro hospital a pedido de familiares.
Até ontem, o estado de saúde do advogado era estável, e ele não corria risco de morrer.
Um inquérito para apurar o caso deve ser aberto pela PF. A entidade afirmou ter uma testemunha de que os policiais agiram em legítima defesa.


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