da Reportagem Local

O trânsito na cidade de São Paulo fica mais violento nos dias de jogo da seleção brasileira na Copa.
Essa é a conclusão de uma análise feita pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) a partir de dados de acidentes de trânsito fornecidos pelo CPTran (Comando de Policiamento de Trânsito).
De acordo com a CET, a média do número de acidentes (com ou sem vítimas) registrados nos dias de jogo da primeira fase da Copa (dia 10, dia 16 e dia 23) caiu cerca de 4,8% em relação ao número registrado no dia 24, um dia considerado com tráfego típico.
Nos três dias de jogo, foram registrados, em média, 514,3 acidentes. No dia 24, ocorreram 540.
Apesar da queda no número total de acidentes, constatou-se um aumento de cerca de 40% no número de acidentes com vítimas.
A média nos dias de jogo foi de 58,6 acidentes em que pessoas tiveram ferimentos leves ou graves. No dia usado como base para a comparação, houve apenas 42.
Segundo a análise da CET, também aumentou o número de vítimas, que inclui vítimas fatais e não-fatais de acidentes de trânsito e vítimas de atropelamento.
Nos dias de jogo do Brasil, o número médio de vítimas foi de 95, em comparação com 66, no dia 24.
Apesar de os dados não serem discriminados pelo horário da ocorrência, a CET informou que o número de acidentes com vítimas aumentou após as 15h.
Uma outra análise feita pela CET já havia constatado que a maioria dos acidentes com vítimas ocorrem durante a madrugada, entre as 23h e as 6h do dia seguinte.
Uma possível explicação para a diminuição no número de acidentes e o aumento no número de vítimas nos dias de jogo e durante a noite é a redução da intensidade do tráfego por um tempo maior, segundo o tenente-coronel Ricardo Salgado, chefe do Estado Maior do CPTran.
Para ele, o trânsito mais livre permite que as pessoas corram mais, o que aumenta a gravidade dos acidentes.
Antonio Carlos Rissardo, engenheiro de tráfego da CET, adverte os torcedores para que evitem dirigir alcoolizados.
"O álcool e as pistas livres após o jogo são dois ingredientes básicos para os acidentes", afirma Rissardo.



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