São Paulo, sexta, 3 de julho de 1998

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Polícia apura suposta agressão a estudante

FAUSTO SIQUEIRA
da Agência Folha, em Santos

O estado de saúde do estudante Diego da Costa Silva, 12, supostamente agredido nesta semana em uma escola pública de Praia Grande (litoral de SP), é de piora progressiva em seu quadro de coma profundo.
A informação foi divulgada ontem em boletim da Santa Casa de Praia Grande (82 km de SP), onde o garoto está internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
O estudante sofreu traumatismo craniano na última terça-feira quando se encontrava no pátio da escola estadual Alexandrina Santiago Netto, no balneário Sonia Regina (zona periférica da cidade), possivelmente após ter sofrido uma agressão.
Ele teve uma parada cardiorrespiratória, revertida pelos médicos, e foi submetido a uma neurocirurgia. Até ontem, respirava com o auxílio de aparelhos.
Um inquérito policial e uma sindicância administrativa instaurada pela Delegacia de Ensino de São Vicente apuram as circunstâncias da ocorrência.
Para a polícia, o menino foi agredido por colegas.
A direção da escola sustenta que o aluno bateu a cabeça depois de uma queda acidental, decorrente de uma brincadeira entre estudantes.
O delegado Luiz Antonio Pereira, do 2º Distrito Policial de Praia Grande, afirmou que, até a tarde de ontem, estavam sendo procurados dois colegas de classe de Diego Silva, supostamente os agressores.
Esses estudantes, segundo o delegado, estão desde anteontem desaparecidos. Ontem, eles não compareceram à escola.
Pereira, que está colhendo depoimentos de testemunhas, descarta a hipótese de acidente. "Houve um confronto, e ele (Diego) foi agredido mesmo", declarou o delegado.



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