São Paulo, terça-feira, 03 de agosto de 2004

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Em SP, entidade atende PM deficiente

DA SUCURSAL DO RIO

Há 11 anos, PMs que foram vítimas da violência no Estado de São Paulo criaram a Associação de Policiais Militares Deficientes Físicos, iniciativa até então inédita no Brasil. A entidade, que conta com cerca de 18 mil associados, tem como presidente o soldado da reserva Jefferson Patriota, 42, paraplégico desde 1985, quando foi baleado na coluna ao reagir a uma tentativa de assalto.
Patriota afirma que a entidade nunca recebeu a visita de representantes de organizações não-governamentais especializadas na questão de direitos humanos nem de políticos interessados no assunto. "No Brasil, o que dá ibope é defender bandido", disse.
No ano passado, a associação enviou um relatório sobre vitimização de policiais à relatora da ONU (Organização das Nações Unidas) para Execuções Sumárias, Asma Jahandir, mas, segundo Patriota, não houve resposta.
A associação atende hoje a cerca de 2.300 policiais deficientes físicos, a maioria foi baleada, e presta serviços em áreas como fisioterapia, psicologia, odontologia, assistência social e jurídica, além de recolocação profissional. Para ter direito aos benefícios, os associados pagam R$ 10,54 de mensalidade. (MHM)


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