São Paulo, quarta-feira, 03 de agosto de 2011

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ANÁLISE

Antigas reivindicações não são atendidas

Procedimento mais importante deixado de fora é quimioterapia oral, que pode ser tomada em casa por paciente

CLÁUDIA COLLUCCI
DE SÃO PAULO

A atualização do rol de procedimentos da ANS traz alguns avanços, mas deixa de fora antigas reivindicações. A mais importante delas é a quimioterapia oral, que pode ser tomada em casa pelo paciente, evitando as longas aplicações endovenosas em clínicas e hospitais.
A questão é que muitos desses quimioterápicos são caríssimos, e os planos de saúde se recusam a pagar pelo tratamento sob a alegação de que os contratos excluem o fornecimento de medicamentos para uso domiciliar.
Os mais "solidários" costumam orientar os pacientes a buscar a medicação no SUS, conforme a Folha já revelou em fevereiro deste ano.
Ocorre que o tratamento contra o câncer é obrigatório por lei. Juízes têm concedido liminares obrigando os planos a bancarem a terapia. É uma causa ganha, mas não deixa de ser uma dor de cabeça a mais aos pacientes.
O mesmo vale para o PET-CT, um sofisticado exame de imagem capaz de identificar o câncer em estágio inicial e mostrar em tempo real como o corpo reage ao tratamento.
Em 2010, a ANS tinha incluído o exame para tumores de pulmão e linfoma. Agora, acrescentou o câncer colorretal. No exterior, o exame é autorizado para outras quatro situações, além dessas -melanoma, câncer de cabeça e pescoço, câncer de esôfago e estômago e câncer de ovário.
Conclusão óbvia: os pacientes vão continuar recorrendo à Justiça para fazer valer os seus direitos.
Há, contudo, pontos positivos no novo rol, como as videolaparoscopias, os testes moleculares e as consultas com nutricionistas e terapeutas. São procedimentos que os planos top há muito tempo já oferecem aos seus segurados e que agora chegam à grande maioria dos usuários.


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