São Paulo, quarta-feira, 03 de agosto de 2011

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Administrador repete destruição de carro de luxo, desta vez pelado

Após último acidente, polícia encontrou garrafa de uísque praticamente vazia dentro do veículo

Proprietário do Camaro se recusou a fazer teste do bafômetro; sinais de embriaguez eram evidentes, diz polícia

LAURA CAPRIGLIONE
DE SÃO PAULO

O administrador de empresas João Luis Raiza Filho, 30, é desde 2007 um sujeito famoso na internet. Naquele ano, ele dirigia em alta velocidade uma Ferrari F430 avaliada em R$ 1,3 milhão quando perdeu o controle do veículo e bateu a traseira.
Flagrado logo após o acidente por uma equipe de TV, o rapaz desferiu cabeçadas na boca do cinegrafista. Foram necessários seis pontos para conter o sangramento.
No último domingo, Raiza voltou às cenas velozes e furiosas, agora pilotando um Chevrolet Camaro, modelo 2011, R$ 200 mil sobre rodas.
Em alta velocidade, de novo, Raiza Filho perdeu o controle do carro, subiu em um canteiro da praça Ibrahim de Almeida Nobre, em São Bernardo do Campo (ABC), trombou com árvores e derrubou um muro, antes de aterrissar. A máquina de design agressivo, motor de 6,2 litros e oito cilindros, ficou ali -peças espalhadas em um raio de cem metros, lateral esquerda e frente destruídas. Ninguém se feriu.
Quando a polícia chegou ao local, topou com o cenário insólito. Raiza Filho estava nu na cintura para baixo. No banco ao lado do motorista, havia uma garrafa vazia de uísque Red Label, ainda com um fundinho da bebida.
Segundo o boletim de ocorrência, o motorista apresentava sinais evidentes de embriaguez. Ele não aceitou submeter-se ao teste do bafômetro. Os PMs providenciaram uma cueca para retirar o rapaz do veículo, que registra cinco multas por excesso de velocidade desde dezembro.
O piloto da Ferrari e do Camaro até teve de pagar pela agressão ao cinegrafista: em junho de 2008, a Justiça homologou sentença pela qual Raiza Filho pagaria à vítima três parcelas mensais de R$ 1.000. Caso encerrado.
Na internet, um conhecido da família lamentava: "E pensar que esse neto irresponsável vem da mesma origem do Olice Raiza, uma lenda aqui no ABC, homem simples que embora nunca tenha estudado trabalhou honradamente, primeiro fazendo tijolo e, depois, construindo. Fez um império".
Procurado na Construtora Raiza, o pai do rapaz avisou pela secretária nem ele nem o filho dariam entrevista. Já o advogado do administrador no caso da Ferrari não retornou as ligações da Folha.


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