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Lei exige só GPS para transportar explosivo
Regra não prevê escolta nem limita quantidade
DE SÃO PAULO
O roubo ao caminhão com
2,35 toneladas de explosivos
na zona norte, na terça, expôs a fragilidade na segurança desse tipo de transporte.
Mesmo com uma carga cobiçada por narcotraficantes e
crime organizado, o veículo
era conduzido por um motorista -e um colaborador desarmado-, sem escolta.
A lei brasileira exige uma
série de providências para o
transporte, como autorização por escrito do Exército e
um veículo com estrutura específica, mas não obriga o
uso de escolta armada.
Também não prevê restrição sobre a quantidade de
explosivo a ser transportada.
O único item diferente nessa linha é a instalação de rastreadores via satélite -GPSs.
O caminhão roubado na
terça tinha o GPS exigido,
mas ele foi desativado oito
minutos depois do ataque
-até ontem, a carga ainda
não havia sido localizada.
Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Explosivos do Estado de SP, Ubirajara D'Ambrosio, esse roubo
não é motivo para preocupação. Segundo ele, o bando
pode ter levado o veículo sem
saber o que ele transportava.
"Não foi coisa organizada
para roubar um caminhão de
explosivos. Roubaram aquele que estava passando. Poderia ser de combustível."
Ele diz que a escolta elevaria muito o custo da carga
transportada, estimada em
R$ 8.000 a R$ 10.000.
Para o diretor do Ibram
(Instituto Brasileiro de Mineração), Marcelo Tunes, esse
foi um caso raro e, por isso,
não se utiliza escolta.
A Britanite/IBQ, responsável pelo explosivo, informou
ter adotado os cuidados exigidos pela lei, que serão
mantidos. O Comando Militar do Sudeste disse que irá
apurar se eles eram seguidos.
Na União Europeia, a regra
é como a brasileira. É preciso
rastreador, mas não há algo
específico sobre escolta ou
quantidade.
(ANDRÉ CARAMANTE e ROGÉRIO PAGNAN)
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