Baixa umidade favorece aumento e proliferação de vírus respiratórios

São José do Rio Preto teve aumento de 756% nos casos entre junho e agosto em relação ao mesmo período de 2009

ELIDA OLIVEIRA
RAQUEL BOTELHO
DE SÃO PAULO
DE RIBEIRÃO PRETO

A baixa umidade relativa do ar é apontada por especialistas como causa de mais um problema no interior paulista. O aumento dos casos de catapora no Estado.
São José do Rio Preto (438 km de SP) teve um aumento de 756% nos casos de junho a agosto deste ano, em relação ao mesmo período de 2009.
No ano passado, 92 pessoas foram infectadas. Neste ano, já são 788 casos.
Em Presidente Prudente (558 km de SP), os casos subiram 52%; em Araçatuba (527 km da capital), o índice é 42% maior. De janeiro a agosto, Bauru (329 km de SP) registrou 45 casos.
Segundo especialistas, o tempo seco e a aglomeração de pessoas favorecem a contaminação por vírus respiratórios e podem estar ligados a alta de casos no interior.
No Estado, o índice de umidade relativa do ar chegou a ficar em torno dos 10%.
A Secretaria de Estado da Saúde nega que haja surtos de catapora e diz que os casos estão controlados.
A catapora, no entanto, não é o único problema.
Na região de Ribeirão Preto, surtos de virose também aumentaram. Em Franca, em agosto, 8.000 pessoas procuraram os hospitais, com náusea, vômito e diarreia.
Em Olímpia, houve alta de 150% nos atendimentos desses casos. Em Ribeirão, a situação é semelhante.
O infectologista Carlos Magno Fortaleza, da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu (238 km de SP), diz que o ressacamento das narinas facilita a ação de vírus e bactérias.
A contaminação por vírus que causam diarreia e vômito está em alta. No Hospital das Clínicas de Campinas (93 km de SP), a procura desses pacientes subiu 15%.
Nos próximos dias, a umidade do ar melhora com a entrada de uma frente fria no Estado, segundo o Inmet.


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