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Rebelião no interior de São Paulo deixa 11 feridos
EDMILSON ZANETTI
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
Onze pessoas ficaram feridas e
nove foram mantidas como reféns em duas rebeliões que começaram no domingo e terminaram
ontem de manhã, no interior de
São Paulo.
Em Mirandópolis (605 km a noroeste de São Paulo), sete presos e
um dos quatro reféns, todos agentes penitenciários, foram internados no Hospital Geral da cidade
com ferimentos provocados por
estiletes e quedas, durante a rebelião na Penitenciária Nestor Canoas. Nenhum caso inspira risco
de morte, segundo o hospital.
O agente penitenciário Mário de
Jesus fraturou o braço ao cair de
um telhado quando escapava dos
rebelados. Ele deverá se submeter
a uma cirurgia.
Os outros três reféns -Carlos
Aparecido Barbosa, Luiz Francisco da Silva e Itamar Almeida Graziela- sofrerem ferimentos leves,
foram medicados e tiveram alta.
Os presos feridos são Alexandre
Ricardo dos Santos, Manoel Francisco da Silva, João Edson da Silva, Eleude Aparecido da Silva,
Marco Vaz Moreira, Mauro
Emerson Rosa e José Carlos Tadeu da Silva.
A rebelião, que terminou por
volta das 6h30 de ontem, durou
mais de 12 horas e envolveu pelo
menos a metade dos quase 900
presos de três pavilhões. Ela começou com uma briga entre facções de presos, após o horário de
visitas.
Os rebelados não apresentaram
nenhuma reivindicação, segundo
o diretor Márcio Betti, 30.
Eles queimaram colchões e destruíram celas e parte da estrutura
elétrica para tentar fugir.
O tumulto só terminou depois
da chegada da tropa de choque da
Polícia Militar de Araçatuba (532
km a noroeste de São Paulo), que
cercou o local. Não houve necessidade de intervenção dos policiais.
O diretor da prisão não sabia até
ontem à tarde se haveria transferência de presos.
A Penitenciária Nestor Canoas,
conhecida simplesmente como
P1, foi construída há mais de dez
anos, é considerada de segurança
máxima e constantemente é palco
de rebeliões.
Avaré
Na Penitenciária 1 de Avaré (268
km a oeste de São Paulo), cerca de
200 dos 600 presos mantiveram
como reféns cinco agentes penitenciários, numa rebelião que
também envolveu facções.
Não houve registro de feridos. O
último refém foi libertado no final
do motim, que começou às 17h de
domingo e terminou às 11h40 de
ontem, depois de negociação com
a direção do presídio e juízes.
No final, 12 presos foram transferidos para estabelecimentos penais em Guarulhos e em Franco
da Rocha, na Grande São Paulo.
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