EDUARDO DE OLIVEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA

Um avião monomotor caiu e pegou fogo a cerca de 100 metros da pista de pouso no município de Pinheiro, no Maranhão, 340 km a oeste de São Luís. Os três ocupantes da aeronave morreram.
De acordo com informações passadas ontem pela direção da Litorânea Táxi Aéreo, proprietária do avião, o acidente pode ter sido provocado pela colisão com uma ave, possivelmente um urubu.
Com isso, o piloto teria perdido o controle do avião, que caiu em um terreno baldio e pegou fogo em seguida.
Técnicos da empresa e da Agência Nacional de Avião Civil estiveram ontem no local para investigar as causas que levaram ao acidente.
Em nota à imprensa, a Litorânea afirmou que "lamenta imensamente o ocorrido".
A empresa informou ainda que "a relação das vítimas e as causas oficiais do acidente só serão divulgadas após laudo das autoridades competentes."
De acordo com José Domingos, diretor de planejamento da Litorânea, a aeronave havia passado recentemente por manutenção e, "aparentemente", poderia voar ainda por mais de 500 horas.
"A aeronave não é avaliada pela idade, e sim pela disponibilidade de horas; por quantas horas tem disponível para voar, independentemente da idade."

Transporte
O avião havia sido alugado pela Norsergel Vigilância e Transportes de Valores para transportar malotes com dinheiro de São Luís a Pinheiro.
Uma parte do dinheiro foi incinerada no incêndio, e a outra foi apreendida pela polícia.
Morreram no acidente os seguranças Jorge Maximiano Campos, 36, e Eliovar de Jesus Santos, 34. O piloto do avião monomotor foi identificado apenas como Júlio César.
Por se tratar de uma aeronave de pequeno porte, ela não possui caixa-preta, elemento que auxilia na identificação das causas dos acidentes que envolvem aeronaves.
A pista de pouso onde ela deveria descer está registrada na Anac como um aeródromo público. O local não possui estrutura de comunicação com aviões e, por isso, não há registro de conversa do piloto com algum responsável pelo tráfego no aeródromo.


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