DE SÃO PAULO

Enquanto o mosaico de Di Cavalcanti recupera suas formas originais, o prédio projetado pelo arquiteto Rino Levi, que abrigava o teatro, incendiado em 2008, se prepara ir ao chão.
A demolição foi autorizada no fim de setembro pelos órgãos municipal e estadual de preservação e aguarda liberação da prefeitura.
Serão derrubadas manualmente as estruturas que sobraram do fogo, como as paredes laterais, parte do palco e a laje da plateia, que ficará para o final do processo por ser a única área que não corre risco de cair.
Por conta dos riscos de desabamento, nenhuma visita está sendo autorizada no interior do teatro.
Partes do foyer que não foram afetadas pelo fogo serão restauradas e receberam reforços metálicos para não sofrer impacto das obras.
Segundo Eric Klug, os R$ 30 milhões necessários para essa etapa da reconstrução já foram captados, via Lei Rouanet.
Concluída a demolição, será iniciada a escavação, para construção de um estacionamento, uma das novidades do projeto do arquiteto Paulo Bruna.
"É uma reivindicação antiga dos atores, que se queixavam de não ter privacidade na saída do espetáculo", diz Bruna, que está finalizando a segunda versão do projeto.
O palco também mudou: passou de 19 para 25m de profundidade. (LC)


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