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AGENDA DA TRANSIÇÃO
Após passar quatro anos com margem de remanejamento de 15%, partido quer redução para 1%
PT agora defende Orçamento mais rígido
DA REPORTAGEM LOCAL
A tropa de choque da prefeita
Marta Suplicy (PT) promete trabalho aos tucanos que pedem a
manutenção do remanejamento
de 15% no Orçamento de 2005. O
presidente da Câmara, Arselino
Tatto (PT), que na gestão Marta
defendeu 15%, voltou a cobrar
coerência do adversário. "O PSDB
sempre bateu pesado em qualquer margem superior a 1%."
O PT, porém, era contra margem elevada nas administrações
Pitta e Maluf. José Mentor, então
vereador pelo partido, disse, em
99: "Com 15% de remanejamento, só saberemos o Orçamento
real em 31 de dezembro de 2000".
Os obstáculos devem começar
já na Comissão de Orçamento.
Relator do projeto, Antonio Carlos Rodrigues, líder do PL, adotou
discurso duro. "Insistirei no 1%, o
PSDB sempre apoiou isso", disse.
"Se depender de mim, o PL não
conversa com o (novo) governo."
Dos nove integrantes da comissão, só Cláudio Fonseca (PC do B)
e Gilson Barreto (PSDB) não estão alinhados direta ou indiretamente ao governo Marta. Um de
de seus membros, o vereador
Paulo Frange (PTB), deixa livre,
porém, espaço para negociações.
"É como transporte de melancia:
no começo parece tudo difícil, depois as coisas se acomodam."
Frange, reeleito, integra bloco
de 16 vereadores com integrantes
de PP, PL e PMDB. "Politicamente, é bom atuar em bloco, mas, para discutir governabilidade, o
PSDB terá de procurar o PTB."
O vereador Celso Jatene (PTB),
do grupo, vê o direito de o novo
governo ter maior liberdade de
gasto no primeiro ano e oferece
negociação. "Esperamos cumprir
um papel importante para equilibrar o calor entre PT e PSDB."
Em outro ponto que pode representar um problema para o futuro prefeito, o vereador petista
Carlos Giannazi apresentará um
projeto que eleva o percentual
obrigatório a ser gasto na educação de 31% para 35%.
Na atual legislatura, Giannazi
foi punido pelo PT por votar contra mudanças na educação. Na
época, a Câmara autorizou elevar
de 30% para 31% o gasto mínimo,
mas incluiu uma série de gastos,
como programas sociais, o que,
na prática, representava queda na
verba da área.
(CATIA SEABRA, CONRADO CORSALETTE E PEDRO DIAS LEITE)
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