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EDUCAÇÃO
Secretário diz que os recursos aplicados pelos pais não são necessários e cita orçamento maior previsto para 2006
Verba atual é suficiente, afirma governo
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário da Ciência e Tecnologia da administração de Geraldo Alckmin (PSDB), João Carlos Meirelles, afirma que as escolas técnicas estaduais não precisam das verbas das Associações
de Pais e Mestres (APMs) para se
manterem. O Centro Paula Souza,
que administra esses colégios, é
subordinado à pasta.
Meirelles alega que os recursos
destinados pelo governo do Estado são suficientes para essas unidades. O secretário afirma também que a intenção é aumentar a
interação entre as escolas e as Associações de Pais e Mestres, "não
para pagar um lâmpada, porque
isso é bobagem e nem é necessário, mas para nos ajudar a manter
qualidade e a sintonia da escola
com o mercado de trabalho".
O representante da gestão Alckmin cita o aumento de recursos
previstos para as escolas técnicas
no próximo ano -o que reafirma, segundo ele, que o projeto é
prioritário para o governo. Tanto
que há um programa de expansão
da rede: estão previstas mais 15 escolas até o final do ano que vem.
No projeto de Orçamento 2006,
que está em discussão na Assembléia Legislativa, a gestão Alckmin destinou para seus colégios
técnicos R$ 260 milhões em 2006,
ante R$ 232 milhões previstos para este ano (12% a mais). "Nenhuma entidade consegue chegar
perto dessas cifras", afirmou o secretário, referindo-se às APMs.
Mais ágil que o governo
Laura Laganá, diretora-superintendente do Centro Paula Souza,
órgão responsável pela gestão das
escolas técnicas, afirma que essa
elevação permitirá que a participação financeira das associações
de pais diminua. "Isso se elas quiserem. Quando melhoramos as
escolas, os pais e alunos querem
melhorá-las ainda mais", afirmou. "Mesmo que cheguemos
aos níveis ideais, aposto que elas
vão continuar contribuindo."
Apesar de afirmar que as ETEs
poderiam se manter exclusivamente com as verbas do governo,
Laganá diz que há deficiências em
alguns pontos do orçamento. "Levamos isso à área econômica. Eles
entenderam perfeitamente, por
isso nos deram mais recursos [no
Orçamento 2006]."
A diretora considera uma atitude positiva a contribuição financeira das Associações de Pais e
Mestres. "Como não é forçado, é
uma forma de envolvimento da
comunidade com a escola."
Além disso, a diretora afirma
que as associações têm mais agilidade para realizar certos tipos de
operação, como pequenas reformas nos prédios ou a compra de
alguns equipamentos -já que
não precisam passar pelo processo licitatório imposto ao governo
do Estado.
(FT)
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