São Paulo, quinta-feira, 03 de novembro de 2005

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Estudantes dizem que doações são essenciais

DA REPORTAGEM LOCAL

Os estudantes da escolas técnicas de São Paulo se dividem em relação às contribuições pagas às Associações de Pais e Mestres, mas concordam que elas são essenciais para manter a qualidade e o funcionamento dos colégios.
As contribuições não são obrigatórias. "Mas, se não pagarmos, sabemos que não teremos nada na escola", afirma Tiago de Souza, 18, do curso de mecatrônica da ETE Getúlio Vargas, no Ipiranga (zona sul de São Paulo).
No colégio, até a manutenção dos banheiros é feita com a colaboração dos recursos repassados pelas APMs.
"É a privatização do ensino público", critica Michel Macário de Oliveira, 17, aluno do ensino médio da ETE São Paulo, na região central.
Também estudante do ensino médio da mesma ETE, Rafael Farhat, 17, discorda. "Sei que é papel do governo repassar os recursos. Mas, já que isso não ocorre, sou a favor de pagar a APM. Tudo aqui foi ela que comprou."
No ano passado, de acordo com o site da escola, a APM foi responsável pela implantação de um laboratório de informática, além do laboratório de automação e pneumática e da troca de móveis escolares.
A diretora do Sinteps (sindicato dos funcionários do Centro Paula Souza) Silvia Elena de Lima afirma que as Associações de Pais e Mestres intensificaram suas ações a partir de 2000 e agora "sustentam" as ETEs em todo o Estado. "As APMs estão substituindo o papel do governo", afirma.


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