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Estudantes dizem que
doações são essenciais
DA REPORTAGEM LOCAL
Os estudantes da escolas técnicas de São Paulo se dividem em
relação às contribuições pagas às
Associações de Pais e Mestres,
mas concordam que elas são essenciais para manter a qualidade
e o funcionamento dos colégios.
As contribuições não são obrigatórias. "Mas, se não pagarmos,
sabemos que não teremos nada
na escola", afirma Tiago de Souza,
18, do curso de mecatrônica da
ETE Getúlio Vargas, no Ipiranga
(zona sul de São Paulo).
No colégio, até a manutenção
dos banheiros é feita com a colaboração dos recursos repassados
pelas APMs.
"É a privatização do ensino público", critica Michel Macário de
Oliveira, 17, aluno do ensino médio da ETE São Paulo, na região
central.
Também estudante do ensino
médio da mesma ETE, Rafael Farhat, 17, discorda. "Sei que é papel
do governo repassar os recursos.
Mas, já que isso não ocorre, sou a
favor de pagar a APM. Tudo aqui
foi ela que comprou."
No ano passado, de acordo com
o site da escola, a APM foi responsável pela implantação de um laboratório de informática, além do
laboratório de automação e pneumática e da troca de móveis escolares.
A diretora do Sinteps (sindicato
dos funcionários do Centro Paula
Souza) Silvia Elena de Lima afirma que as Associações de Pais e
Mestres intensificaram suas ações
a partir de 2000 e agora "sustentam" as ETEs em todo o Estado.
"As APMs estão substituindo o
papel do governo", afirma.
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