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São Paulo, quarta-feira, 03 de dezembro de 2003

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Ex-ministro acusa uso ideológico do IBGE

DA SUCURSAL DO RIO

Ministro da Educação na gestão FHC (1995-2002), Paulo Renato Souza criticou a forma como o IBGE calculou os analfabetos no caderno temático sobre educação divulgado ontem.
A queixa é pela inclusão da população de cinco e seis anos de idade no cálculo do número de analfabetos, o que infla em 5,3 milhões de pessoas esse total.
"É o maior caso de autoflagelação que eu já vi. Como pode o IBGE alardear que crianças de cinco anos são analfabetas? Isso é um uso ideológico vergonhoso de uma instituição como o IBGE", disse o ex-ministro.
O texto analítico do caderno temático do IBGE, produzido a partir de dados do Censo 2000, afirma que 24 milhões de brasileiros com cinco anos ou mais são analfabetos, o que representa 16% da população dessa faixa etária.
A análise foi produzida por técnicos do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), órgão vinculado ao Ministério da Educação. O IBGE é vinculado ao Planejamento.
O primeiro caderno produzido pelo IBGE sobre o Censo com dados de educação usou outro corte para medir o analfabetismo, comparando apenas a população com dez anos ou mais de idade. Por esse critério, o número de analfabetos seria de 16,5 milhões de pessoas, ou 12% da população.
O IBGE informou que a taxa de analfabetismo "se refere à população de dez anos ou mais".


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