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Ex-ministro acusa uso ideológico do IBGE
DA SUCURSAL DO RIO
Ministro da Educação na gestão
FHC (1995-2002), Paulo Renato
Souza criticou a forma como o IBGE calculou os analfabetos no caderno temático sobre educação
divulgado ontem.
A queixa é pela inclusão da população de cinco e seis anos de
idade no cálculo do número de
analfabetos, o que infla em 5,3 milhões de pessoas esse total.
"É o maior caso de autoflagelação que eu já vi. Como pode o IBGE alardear que crianças de cinco
anos são analfabetas? Isso é um
uso ideológico vergonhoso de
uma instituição como o IBGE",
disse o ex-ministro.
O texto analítico do caderno temático do IBGE, produzido a partir de dados do Censo 2000, afirma que 24 milhões de brasileiros
com cinco anos ou mais são analfabetos, o que representa 16% da
população dessa faixa etária.
A análise foi produzida por técnicos do Inep (Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais), órgão vinculado ao Ministério da Educação. O IBGE é vinculado ao Planejamento.
O primeiro caderno produzido
pelo IBGE sobre o Censo com dados de educação usou outro corte
para medir o analfabetismo, comparando apenas a população com
dez anos ou mais de idade. Por esse critério, o número de analfabetos seria de 16,5 milhões de pessoas, ou 12% da população.
O IBGE informou que a taxa de
analfabetismo "se refere à população de dez anos ou mais".
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