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São Luiz deve perder 80% de área histórica
Segundo a prefeitura, 70 dos 90 imóveis tombados pelo Condephaat, inclusive duas igrejas, foram totalmente destruídos
Além da perda de prédios de valor histórico, cidade vive destruição generalizada, com quase metade de seus moradores fora das casas
Joel Silva/Folha Imagem
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Escombros do centro histórico em São Luiz do Paraitinga, onde ficava a igreja matriz do século passado, destruída pelas chuvas
ROGÉRIO PAGNAN
ENVIADO ESPECIAL A SÃO LUIZ DO PARAITINGA
As chuvas que alagaram quase toda a cidade de São Luiz do
Paraitinga, cidade turística a
182 km de São Paulo, no Vale do
Paraíba, varreram quase 80%
dos imóveis tombados pelo
Condephaat, segundo previsão
da prefeitura, incluindo duas
igrejas, a matriz de São Luiz de
Tolosa e a capela das Mercês.
Todos os imóveis foram protegidos oficialmente por conta
de seu valor histórico -a maioria dos prédios era de casarões
feitos com tijolo e barro- e
constituía um dos maiores conjuntos arquitetônicos tombados em território paulista.
Ao imenso prejuízo histórico
somam-se ainda os danos materiais: praticamente 9.000
pessoas da cidade de 10.500 habitantes foram afetadas pelos
alagamentos e ao menos 5.000
não têm como voltar para casa.
Com casas perdidas ou semidestruídas, moradores ainda
enfrentam um risco adicional:
o temor de saques, que tem
ameaçado até os objetos religiosos que integravam o acervo
das duas igrejas destruídas.
O governador José Serra
(PSDB) esteve ontem na cidade
e disse que o governo tentará
reverter a maior parte da destruição, inclusive a do patrimônio histórico. Questionada, por
telefone, pelo secretário de Desenvolvimento Econômico,
Geraldo Alckmin, sobre o que
precisava, a prefeita Ana Lúcia
Bilard Sicherle (PSDB) respondeu: "De uma cidade".
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