São Paulo, terça-feira, 04 de janeiro de 2011

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FOCO

Muro entre Instituto Biológico e novo MAC, no Ibirapuera, vai ser derrubado

VANESSA CORREA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para integrar visualmente a área verde de 13 hectares do IB (Instituto Biológico) com o futuro MAC-USP (Museu de Arte Contemporânea da USP), os muros que separam as duas instituições serão substituídos por grades.
O mesmo ocorrerá com os muros do hospital Dante Pazzanese e de uma área da Sabesp que ficam ao lado do futuro museu.
O MAC será instalado no edifício projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer onde funcionava o antigo Detran, em frente ao parque Ibirapuera, na zona sul.
A mudança já foi aceita pelo Condephaat, órgão estadual do patrimônio histórico, com a ressalva apenas de que o desenho e cor da grade devem ser aprovados previamente pelo órgão, já que o IB é um bem tombado.
Uma licitação para a obra foi aberta, mas ainda não há prazo para a conclusão da substituição dos muros.
Para Tadeu Chiarelli, diretor do MAC, a retirada dos muros vai tornar o museu, ficará "ainda mais visível".
A Secretaria da Cultura é a responsável pela reforma do antigo prédio do Detran para abrigar o acervo do MAC.
O prédio principal será transferido para a USP ainda neste mês. Os anexos, num dos quais ficarão expostas obras maiores, como instalações, seguem em obras.

ACERVO
Chiarelli estima que, depois da entrega do edifício pronto, o que deve ocorrer no primeiro semestre de 2011 -a previsão inicial era setembro passado- haverá um período de dois meses de testes de equipamentos, como controle de temperatura, para que as obras sejam transferidas com segurança.
A transferência - transporte, seguro e acondicionamento do acervo- custará cerca de R$ 500 mil.
Haverá uma grande exposição inaugural, em três eixos. Do quarto ao sétimo andares, serão exibidas cerca de 1.000 obras do acervo, do fim do século 19 ao início do 21. Uma mostra com artistas novos, que surgiram nesta década, ocupará o segundo e terceiro andares.
Em outra ala, serão exibidas obras dos seis artistas mais bem representados no acervo: Di Cavalcante, Yolanda Mohalyi, Julio Plaza, Rafael França, José Antônio da Silva e León Ferrari.
Na nova sede será possível expor permanentemente 10% das cerca de 10.000 obras do museu.
Hoje, no prédio do MAC na Cidade Universitária, apenas 1% é exposto. "Agora poderemos expor o acervo e fazer mostras de artistas contemporâneos ao mesmo tempo", diz Tadeu Chiarelli.


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