São Paulo, terça-feira, 04 de janeiro de 2011

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Volta do litoral demora o dobro do tempo em plena segunda

DOS ENVIADOS AO LITORAL
DE SÃO PAULO


Mesmo quem postergou a volta do Réveillon não conseguiu escapar dos engarrafamentos nas rodovias de SP.
No primeiro dia útil do ano, motoristas ficaram parados nas principais ligações e levaram mais do dobro do tempo normal de viagem.
A chuva também contribuiu com a lentidão -que à tarde chegava a 35 km na Padre Manoel da Nóbrega, 17 km na Régis Bittencourt, 30 km na Cônego Domênico Rangoni, que liga o sistema Anchieta-Imigrantes ao Guarujá, e 17 km na Tamoios.
O segurança Michel Luís Pimentel, 27, que saiu no começo da tarde de Peruíbe, dizia nunca ter levado tanto tempo para voltar do litoral.
"Em geral, levo pouco mais de duas horas. Hoje já foram quase cinco horas no trânsito", dizia Pimentel, ao parar no acostamento em Praia Grande para a mulher trocar as fraldas do seu bebê.
No retorno do litoral norte, a viagem entre Ubatuba e Taubaté pela rodovia Oswaldo Cruz durava no final da tarde em torno de três horas.
De Caraguatatuba a São José dos Campos, na Tamoios, motoristas levavam duas horas e 40 minutos. O tempo normal, para ambas as rotas, é perto de 1h 30.
Quem saiu de manhã demorou mais de sete horas no trajeto Ubatuba-SP.
Apesar das filas, a quantidade de veículos no feriado no sistema Anchieta-Imigrantes não foi atípica.
Até ontem à tarde, a Ecovias somava a passagem de 558 mil veículos no pedágio durante a operação Réveillon que iria até a 0h de hoje. No ano passado, foram 572 mil.

FUTURO
A principal obra prometida pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) para melhorar os acessos ao litoral é a duplicação da Tamoios.
Mas existem entraves ambientais e econômicos no projeto de R$ 2,7 bilhões.
No acesso ao litoral sul, uma "nova Imigrantes" não é considerada prioridade imediata pela Ecovias. "Criar nova pista só para atender finais de semana ou feriado é um despropósito", diz Humberto Gomes, diretor-superintendente da empresa.
Os principais gargalos hoje não estão na serra, mas nos acessos da Baixada Santista.
O governo chegou a programar a construção de uma terceira faixa da rodovia Padre Manoel da Nóbrega, do km 274 ao km 292, entre Praia Grande e Cubatão.
Mas a obra, prevista para 2002, depois para 2009, depois para 2011, foi adiada na última gestão para 2016.
Uma das justificativas era de que esse gargalo é concentrado em alguns feriados.
Atualmente, a Ecovias aponta a necessidade de três obras urgentes. Elas visam principalmente a circulação diária, e não só nos picos.
Uma é a construção de um trevo no km 55 da Anchieta, no cruzamento com a Cônego Domênico Rangoni.
Outra é uma terceira faixa dessa estrada -do km 270 ao km 262, facilitando a chegada ao Guarujá. A última, a melhoria no acesso a Santos.


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