São Paulo, terça-feira, 04 de janeiro de 2011

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Municípios investem em usinas para gerar energia

JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DE BRASÍLIA

A queima de lixo urbano como solução para toneladas de resíduos que se amontoam nas cidades, antes um tabu pelo medo da emissão de gases tóxicos, passou a ser uma alternativa para governos de todo o país.
No Brasil, é um negócio novo. Mistura interesses de prefeituras e governos ao de lobistas europeus -donos da tecnologia-, que veem oportunidades de alavancar uma indústria rentável e com boa aceitação no movimento ambientalista.
A cada ano, vão se esgotando os aterros sanitários e áreas próprias para novos, diz Carlos Silva Filho, da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos ."O quadro é mais grave nas grandes e médias metrópoles", diz.
É o caso da Região Metropolitana de Campinas, que já busca uma forma de transformar o lixo em energia.
A Folha encontrou vários projetos em curso que envolvem cidades como Brasília, Recife, Belo Horizonte, Porto Alegre e Rio de Janeiro.
Um dos planos mais ambiciosos é o do governo de SP, que contratou estudos para queimar e transformar o lixo em energia na Baixada Santista e nas costas sul e norte.
O plano de Recife (PE) está mais adiantado. Já foi apresentado o estudo de impacto ambiental de um empreendimento de R$ 300 milhões para 1.350 toneladas/diárias. A usina vai gerar gás natural para ser queimado e transformado em energia e adubo, ao lado do porto de Suape.
Mas o custo é alto. Em São Bernardo, usina para 1.000 toneladas/ diárias consumiu investimentos de R$ 220 milhões. E há ainda o custo de manutenção.


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