São Paulo, sexta-feira, 04 de fevereiro de 2011

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SP vai negociar linhas do metrô com setor privado

Em troca de obras, Alckmin planeja conceder linha 5, inaugurada em 2002, e ampliar contrato da Via Quatro

Secretário do governo tucano pretende criar um novo percurso para a linha 4-amarela a partir da estação Luz

ALENCAR IZIDORO
DE SÃO PAULO

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) planeja parcerias privadas em troca de obras de metrô em São Paulo. Para isso, decidiu negociar inclusive duas linhas que já operam: a 4-amarela e a 5-lilás.
Nesta última, a proposta é conceder os 8,4 km inaugurados em 2002, de Capão Redondo ao Largo Treze, com 166 mil passageiros por dia.
A receita inicial serviria de estímulo para a empresa construir a expansão da linha até a Chácara Klabin.
A linha 4-amarela -que funciona há oito meses, de forma restrita, no trecho Faria Lima-Paulista- já é gerida pela iniciativa privada.
Mas a intenção do governo é ampliar essa concessão a cargo da Via Quatro -e que enfrentou resistência do sindicato dos metroviários.
O Estado diz que pode aumentar a duração do contrato atual, de 30 anos, para a empresa assumir a expansão da linha para além do trecho entre a Vila Sônia e a Luz (que ficará pronto até 2014).
"Posso mexer no prazo. Daríamos mais X anos por X quilômetros a mais", diz Jurandir Fernandes, titular dos Transportes Metropolitanos.
A terceira etapa da linha 4, saindo da Vila Sônia até Taboão da Serra, já estava prevista dos planos do Metrô. A ligação será inicialmente com ônibus, a partir de 2014.
O secretário, porém, passou a cogitar um novo trajeto da linha 4 a partir da estação Luz -onde ela chegará no final deste ano. O prolongamento mais provável é em direção às zonas leste ou norte.
Segundo ele, as negociações não incluirão as linhas 1, 2 e 3, mais antigas, porque não se imagina prolongá-las.
Entre os novos projetos planejados com PPP (Parceria Público-Privada) estão ainda as linhas 6-laranja e 15-branca de metrô -além dos trens de Guarulhos e da linha 9 da CPTM até Varginha.
O Estado quer bancar desapropriações/licenças e deixar obras/trens com as empresas. No caso da expansão de metrô, a parte majoritária das obras deve começar no atual governo, mas com término para depois de 2014.
"Antes eu batia na porta para convencer empresário a investir em metrô. Hoje existe um volume de capital no setor privado. Os grandes grupos querem mostrar interesse", defende Fernandes.


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