São Paulo, segunda-feira, 04 de abril de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

LAZER NA AVENIDA

Foram ouvidas 385 pessoas no evento iniciado na gestão Marta Suplicy e que reuniu 5.000 ontem

Pesquisa avalia Domingo na Paulista

DA REPORTAGEM LOCAL

No mesmo dia em que retomou o evento Domingo na Paulista, a Prefeitura de São Paulo decidiu fazer uma pesquisa de opinião para saber se a atividade deve ser mantida no local. Ontem, 385 pessoas foram ouvidas. Hoje e amanhã serão mais 770 entrevistas com moradores, comerciantes e motoristas que trafegam pela região.
Iniciado na gestão de Marta Suplicy (PT), o evento contou ontem cerca de 5.000 participantes, segundo os organizadores, resultado considerado modesto -a média de público do ano passado foi de 20 mil.
"São Paulo oferece uma infinidade de lugares para abrigar um evento como esse", disse Caio Luiz de Carvalho, 53, presidente da Anhembi Turismo e Eventos, uma das organizadoras. "Os resultados da pesquisa podem simplesmente sugerir apenas alterações no modelo."
Ontem, a primeira edição do Domingo na Paulista 2005 foi promovida no trecho entre a alameda Casa Branca e a rua Pamplona, das 9h às 14h. Diferentemente das edições anteriores, a interdição ocorreu somente de um lado das pistas da avenida, no sentido Consolação-Paraíso, para evitar prejuízos ao trânsito.
Não houve muita divulgação para testar a nova formatação. Em caráter experimental, a primeira edição evitou o uso de sonorização nas atividades (no lugar de carro de som, orquestra de música clássica), mais concentrada em atividade física e lazer para crianças e família.
Antes mesmo da conclusão da pesquisa, elaborada pela USP e cujo resultado deve ser divulgado na quinta-feira, o Domingo na Paulista dividia a opinião entre seus freqüentadores.
"Moro na Paulista. Acho esse evento maravilhoso. Ele é organizado numa região de prédios comerciais e não traz nenhum problema aos moradores. Pelo contrário", disse Silvia Dal Medico, 50. "A outra faixa da avenida está livre para os carros."
Na opinião da professora Silvia Monteiro Elias, 52, o evento na avenida Paulista é uma forma de sociabilizá-la. "Tem que continuar aqui mesmo. Pelo menos aos domingos, vamos deixar uma pequena parte da avenida para os transeuntes."
Para o comerciante Valmir de Faria, 41, uma cidade como São Paulo não pode restringir seu lazer público a uma só avenida. "Por que não interditam parte da Angélica, Pacaembu, Braz Leme ou Aricanduva? Só a Paulista? Acho pífio para uma cidade que se propõe megalópole."
Segundo Carvalho, da Anhembi, a idéia do projeto Domingos de Lazer - Encontros com a Cidade é justamente ampliar o leque de opções.
Em maio, continua ele, a rua Joaquim Nabuco, no Brooklin (zona sul), será interditada entre a avenidas Santo Amaro e Vereador José Diniz, no Domingo no Brooklin. A prefeitura também programa, para o segundo semestre, um projeto na av. Governador Carvalho Pinto (Tiquatira), na Penha, zona leste. Na semana que vem, o domingo de lazer será na avenida Sumaré.


Texto Anterior: Responsabilidade sanitária: Saúde quer punição para falta de gastos
Próximo Texto: Ministro pretende se blindar dos problemas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.