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LAZER NA AVENIDA
Foram ouvidas 385 pessoas no evento iniciado na gestão Marta Suplicy e que reuniu 5.000 ontem
Pesquisa avalia Domingo na Paulista
DA REPORTAGEM LOCAL
No mesmo dia em que retomou o evento Domingo na Paulista, a Prefeitura de São Paulo
decidiu fazer uma pesquisa de
opinião para saber se a atividade
deve ser mantida no local. Ontem, 385 pessoas foram ouvidas.
Hoje e amanhã serão mais 770
entrevistas com moradores, comerciantes e motoristas que trafegam pela região.
Iniciado na gestão de Marta
Suplicy (PT), o evento contou
ontem cerca de 5.000 participantes, segundo os organizadores,
resultado considerado modesto
-a média de público do ano
passado foi de 20 mil.
"São Paulo oferece uma infinidade de lugares para abrigar um
evento como esse", disse Caio
Luiz de Carvalho, 53, presidente
da Anhembi Turismo e Eventos,
uma das organizadoras. "Os resultados da pesquisa podem
simplesmente sugerir apenas alterações no modelo."
Ontem, a primeira edição do
Domingo na Paulista 2005 foi
promovida no trecho entre a alameda Casa Branca e a rua Pamplona, das 9h às 14h. Diferentemente das edições anteriores, a
interdição ocorreu somente de
um lado das pistas da avenida,
no sentido Consolação-Paraíso,
para evitar prejuízos ao trânsito.
Não houve muita divulgação
para testar a nova formatação.
Em caráter experimental, a primeira edição evitou o uso de sonorização nas atividades (no lugar de carro de som, orquestra
de música clássica), mais concentrada em atividade física e lazer para crianças e família.
Antes mesmo da conclusão da
pesquisa, elaborada pela USP e
cujo resultado deve ser divulgado na quinta-feira, o Domingo
na Paulista dividia a opinião entre seus freqüentadores.
"Moro na Paulista. Acho esse
evento maravilhoso. Ele é organizado numa região de prédios
comerciais e não traz nenhum
problema aos moradores. Pelo
contrário", disse Silvia Dal Medico, 50. "A outra faixa da avenida está livre para os carros."
Na opinião da professora Silvia Monteiro Elias, 52, o evento
na avenida Paulista é uma forma
de sociabilizá-la. "Tem que continuar aqui mesmo. Pelo menos
aos domingos, vamos deixar
uma pequena parte da avenida
para os transeuntes."
Para o comerciante Valmir de
Faria, 41, uma cidade como São
Paulo não pode restringir seu lazer público a uma só avenida.
"Por que não interditam parte
da Angélica, Pacaembu, Braz Leme ou Aricanduva? Só a Paulista? Acho pífio para uma cidade
que se propõe megalópole."
Segundo Carvalho, da
Anhembi, a idéia do projeto Domingos de Lazer - Encontros
com a Cidade é justamente ampliar o leque de opções.
Em maio, continua ele, a rua
Joaquim Nabuco, no Brooklin
(zona sul), será interditada entre
a avenidas Santo Amaro e Vereador José Diniz, no Domingo
no Brooklin. A prefeitura também programa, para o segundo
semestre, um projeto na av. Governador Carvalho Pinto (Tiquatira), na Penha, zona leste.
Na semana que vem, o domingo
de lazer será na avenida Sumaré.
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