|
Próximo Texto | Índice
ACIDENTE
É o terceiro caso de explosão envolvendo aparelhos da Motorola desde março; mulher teve as mãos e as costas queimadas
Mais um celular explode e fere dona-de-casa
JOSÉ EDUARDO RONDON
DA AGÊNCIA FOLHA
Mais um aparelho celular da
marca Motorola explodiu, ferindo, dessa vez, uma dona-de-casa
de 69 anos, em São José do Rio
Preto (440 km de SP). É pelo menos o terceiro caso de explosão
envolvendo um aparelho da empresa desde março último.
Além da dona-de-casa, que teve
queimaduras leves nas costas e
nas mãos, uma estudante de Araras também se feriu no início de
março após seu aparelho explodir
no bolso da calça. No outro caso,
o aparelho de uma jornalista do
Rio de Janeiro explodiu, mas ninguém ficou ferido.
A dona-de-casa Tutako Furukava de Almeida, 69, conta que, na
noite de sábado, havia colocado o
aparelho em cima de uma mesa,
em seu quarto, para ser recarregado. Após cerca de duas horas,
ocorreu a explosão.
"Alguns pedaços, com fogo,
voaram e atingiram minhas costas. A camiseta que eu usava ficou
queimada. Eu tentei apagar o fogo
e queimei minhas mãos. No domingo, fui ao pronto-socorro e o
médico que me atendeu disse que
houve queimaduras de segundo
grau." Com os estilhaços, parte da
cama e da parede do quarto também ficou queimada.
Segundo a dona-de-casa, a bateria e o carregador foram comprados com o celular, há cerca de
quatro anos, em uma loja autorizada. Furukava de Almeida disse
que ainda não sabe se processará
a empresa pelo incidente.
O delegado José Luiz Chain disse que irá investigar as causas da
explosão do aparelho. "Vamos
apurar de quem é a responsabilidade. Se cabe responsabilidade à
Motorola ou não. A bateria do
aparelho está bem carbonizada.
Ela chegou a se romper no momento da explosão. O material foi
encaminhado à perícia."
A Motorola, por meio de sua assessoria, disse que a dona-de-casa
relatou à empresa que comprou o
aparelho há cerca de quatro anos
e que era um modelo SC-3160.
Conforme a empresa, o modelo
não é mais comercializado. A Motorola disse que aguardará um
laudo oficial sobre o incidente.
Em 18 de março, em Araras (169
km de SP), uma estudante de 14
anos ficou ferida com queimaduras de segundo grau na perna
após o aparelho celular dela pegar
fogo dentro do bolso da calça. Segundo a Motorola, a família da estudante relatou que o modelo danificado é um C-200.
A estudante Carina Zanqueta e
os pais dela registraram o caso na
delegacia. Segundo eles, o aparelho de Carina teve um estalo e, em
seguida, pegou fogo quando a garota estava em um clube da cidade. A estudante declarou à polícia
que a bateria do celular ficou grudada em sua calça.
Na ocasião, a Motorola, a exemplo do que diz agora, informou
que explosões como a que ocorreu envolvendo a estudante "são
muito raras" e que os engenheiros
da empresa trabalhariam para investigar as possíveis causas.
Próximo Texto: Acidente: Cuidado simples reduz risco de haver explosões Índice
|