São Paulo, sábado, 04 de abril de 2009

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Outro lado

Não sabia das irregularidades, diz delegado

DA REPORTAGEM LOCAL

O delegado José Eduardo Ferreira Ielo, que chefiou o 41º Distrito Policial (Vila Rica) até a tarde de ontem, disse, ainda durante a operação da Promotoria e da Corregedoria da Polícia Civil, ter sido "surpreendido" com as acusações de irregularidades na delegacia e que ainda não pode se pronunciar.
"Também fui surpreendido com tudo isso. Não sabia que essas possíveis irregularidades podiam estar acontecendo aqui na delegacia. Assim que souber exatamente o que se passa, terei como me manifestar. Infelizmente, nesse momento, não tenho o que falar, até mesmo porque também serei investigado", disse o delegado Ielo.
Por determinação do delegado-geral da Polícia Civil, Domingos de Paulo Neto, antes mesmo de a operação no 41º DP ter sido encerrada na tarde de ontem, Ielo foi afastado do cargo de chefe da delegacia e agora passará a fazer serviços burocráticos na 8ª Delegacia Seccional Leste.
"Infelizmente, acabo de ser comunicado pelos meus superiores de que perdi [foi tirado da chefia] o DP", disse Ielo, que havia assumido a delegacia da Vila Rica em setembro de 2008.
Antes, Ielo foi assistente do ex-delegado-geral Maurício José Lemos Freire, que deixou o cargo em 23 de março, assim que o governador José Serra (PSDB) substituiu Ronaldo Marzagão por Antonio Ferreira Pinto no cargo de secretário da Segurança Pública de São Paulo.
Para o lugar de Ielo, o delegado-geral Paulo Neto nomeou Benedito Aldevino da Silveira, que chefiava o 53º DP (Parque do Carmo).
Na tarde de ontem, a reportagem não teve acesso ao ex-escrivão da Polícia Civil Vagner Alves da Costa, preso sob a acusação de exercer irregularmente função pública ao se passar por policial do 41º DP. Seu advogado de defesa também não foi localizado pela Folha.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o secretário Ferreira Pinto informou que a operação contra possíveis crimes cometidos por policiais civis do 41º DP foi resultado do trabalho em conjunto entre a Corregedoria da Polícia Civil e os promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público Estadual. (AC)


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