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SAÚDE
Direção da unidade estadual diz que, "aparentemente", bebê recebeu atendimento adequado
Não houve falhas, diz hospital
DA REPORTAGEM LOCAL
O médico Mário Santoro Junior, diretor clínico do Hospital
Infantil Cândido Fontoura, afirmou ontem que "não houve, aparentemente, falhas" no atendimento prestado à menina Nanci
Nazario de Oliveira.
Três pediatras estavam de plantão ontem, segundo ele, quando a
ela morreu. O movimento no
pronto-atendimento, para a direção da unidade, era normal.
Contudo o movimento diário
de atendimentos, de cerca de 500
crianças por dia, costuma chegar
a 600 nesta época do ano, em razão do clima seco e do crescimento dos casos de complicações respiratórias, conforme a própria direção do hospital estadual.
A mãe e a avó da criança serão
ouvidas na sindicância que investigará o atendimento dado a ela.
A direção do hospital não soube
informar o horário em que a
criança realmente foi atendida e
quanto tempo ela teve de esperar.
"Estamos levantando isso", disse Telma Regina Attizane, diretora substituta da unidade de saúde.
Segundo o Hospital Municipal
Benedicto Montenegro, o primeiro estabelecimento procurado pelos pais da menina, um dos dois
médicos do plantão noturno havia faltado, mas nenhum funcionário estava orientado a não receber pacientes ou a dispensá-los.
"A informação de que não havia
médico é inverídica. Só avisamos
que o atendimento iria demorar
mais um pouco", disse ontem o
médico Álvaro Moreno, diretor
clínico da unidade.
O coordenador hospitalar da secretaria municipal da Saúde, Roberto Morimoto, disse que há um
crescimento de demanda no hospital e em outros da área.
Morimoto não tinha ainda dados do Benedicto Montenegro,
mas reconheceu que em outro
hospital, o Tide Setúbal -onde
ocorrem filas -, os médicos estão sobrecarregados -houve um
crescimento de 40% na demanda
entre março e abril.
O secretário da Saúde, Eduardo
Jorge, afirmou que só quando a
secretaria normalizar o atendimento básico os hospitais serão
desafogados. Ele disse que isto só
deve ocorrer no fim do ano.
O que levou a menina a ter a parada cardiorrespiratória deve ser
explicado pelos legistas do IML,
que irão examinar o corpo antes
do enterro de hoje.
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