|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TRÂNSITO
Dados do Pro-Aim diferem dos divulgados pela CET
Morte por acidente se estabiliza em São Paulo entre 2002 e 2003
FABIANE LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL
Entre 2002 e 2003, houve uma
estabilização no número de óbitos por acidente de trânsito na cidade de São Paulo -1.272 mortes, em 2002, contra 1.255, no ano
passado. Mas, comparando-se
2000 (último ano do ex-prefeito
Celso Pitta) e 2003, houve aumento de 6% do número de óbitos.
Os dados do Pro-Aim (Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade no Município de São Paulo) contrariam os
divulgados pela CET (Companhia
de Engenharia de Tráfego, também ligada à prefeitura), de tendência de queda. Devem ser publicados em breve em boletim do
programa, na esteira da campanha pela segurança no trânsito da
Organização Mundial da Saúde.
"A hipótese é aquela, de que as
pessoas se acomodam. O próprio
Código de Trânsito não está totalmente implantado. Muitas infrações ainda não levam à punição",
diz Margarida Maria Tenório de
Azevedo Lira, coordenadora do
Pro-Aim, sobre a estabilização.
O programa computa apenas as
mortes de moradores da capital
ocorridas nas vias paulistanas, seguindo a metodologia da OMS,
que preconiza o cálculo para tendências e riscos a partir da população residente.
A CET faz a conta a partir das
ocorrências -não importa a origem da vítima-, método comum em estatísticas de trânsito.
A empresa tem ressaltado, em
suas divulgações, a queda do número de mortes no trânsito na
gestão Marta Suplicy (PT). A
comparação dos dados da companhia para 2000 e 2003 aponta
uma redução de 16,4%.
"O objetivo do Pro-Aim é diferente do nosso", diz Maurício Régio, assessor de segurança da
companhia. O interesse principal
é saber onde os acidentes ocorrem. Ele não vê problema em usar
os dados para checar a evolução.
Segundo Régio, o número de
mortes de pessoas de outros municípios não deve ser significativo.
Mas a companhia não tem detalhamentos dos seus números desde 2002. De acordo com ele, a retirada de policiais militares da fiscalização prejudicou sua base de
dados. O assessor disse desconhecer o dado do Pro-Aim. "As metodologias podem ser complementares", afirma Margarida Lira.
Texto Anterior: Há 50 anos: Repelido ataque na Indochina Próximo Texto: Aumenta risco de morte para idosos Índice
|