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Conselho estadual aprova regularização de favela sobre palafitas em Cubatão
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma favela com barracos
sobre palafitas, a Vila dos Pescadores, teve seu projeto de
reassentamento e regularização aprovado pelo Conselho
Estadual do Meio Ambiente
em março, a pedido da Prefeitura de Cubatão.
É uma comunidade de cerca
de 10 mil pessoas, formada por
migrantes e pescadores tradicionais da Baixada Santista,
que habita as margens do rio
Casqueiro.
Área de mangue
Além de estar ao lado e sobre o rio, o que é vetado pela
legislação ambiental, a favela
ainda ocupa uma área de mangue -fundamental para a procriação de peixes e crustáceos.
Cerca de metade dos barracos, com um total de 3.260 famílias cadastradas, está sobre
palafitas, que são estruturas
suspensas sobre a água.
O projeto de reassentamento e regularização é de alto
custo, estimado em cerca de
R$ 150 milhões.
Ele consiste na retirada gradual das famílias para um terreno vizinho, desocupando
aos poucos as áreas em que
hoje há barracos, para a construção de novas casas quase
nos mesmos locais.
Áreas livres
Já as áreas ribeirinhas terão
de ficar totalmente livres, afirmou o secretário-chefe do gabinete da Prefeitura de Cubatão, Gerson Rozo.
A regularização fundiária
ainda depende de acertos entre a prefeitura e a Secretaria
de Patrimônio da União. O órgão gerencia bens do governo
federal, que é o detentor de
parte da área incluída no programa -batizado de Guará
Vermelho.
Com a aprovação do EIA-Rima (Estudo-Relatório de
Impacto Ambiental) pelo conselho estadual, a prefeitura já
pode elaborar os projetos executivos que detalharão como
será feita a remoção.
"São pessoas que vivem em
uma situação bastante precária. Mas é preciso trabalhar
com a comunidade, explicar
como é o projeto, para não haver resistências", diz Rizo.
De acordo com a Secretaria
de Estado da Habitação, o governo paulista pretende dar a
contrapartida financeira para
o projeto de recuperação da
Vila dos Pescadores, que busca
financiamento de organismos
internacionais, como o Banco
Mundial.
Rozo afirmou que, ao realizar o programa, a prefeitura
também pretende dar aos moradores acesso a cursos profissionalizantes, pois a maioria é
subempregada ou conta apenas com trabalhos eventuais.
"Em duas semanas, vamos
começar as fazer as audiências
com os moradores. Vamos discutir o projeto", afirma.
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