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Erros são normais, diz ex-presidente do Inep
Para Reynaldo Fernandes, avaliações não são imunes a falhas, mas contribuem para melhorar a educação
ANTÔNIO GOIS
DA SUCURSAL DO RIO
Em quatro anos à frente do
Inep (instituto do MEC responsável por estudos e avaliações educacionais), o economista Reynaldo Fernandes ajudou a criar o Ideb (índice que
avalia a qualidade do ensino
nas escolas públicas), venceu
resistências à divulgação das
médias do Enem por colégio e
consolidou avaliações no ensino superior.
Sua passagem, no entanto, ficou marcada pelo furto da prova do Exame Nacional do Ensino Médio e pelas repetidas falhas nos processos de inscrição
e seleção de vagas pelo exame.
Na primeira entrevista após
sair do cargo, há cinco meses,
ele diz lamentar que o debate
sobre o que se deve esperar do
ensino médio tenha ficado em
segundo plano e que sempre
haverá erros em avaliações.
ENEM
"Passei 2009 discutindo as
mudanças no exame. A única
questão que não mudou foi o
processo de escolha, por licitação, de uma empresa para aplicar as provas. E foi aí que houve
problema. A área técnica nos
garantiu que era possível fazer
o exame em 2009.
Tenho esperança de que a
gente consiga retomar a discussão mais importante, sobre
quais conteúdo devemos esperar que os alunos aprendam."
ERROS EM AVALIAÇÕES
"Isso é normal. Não há como,
num volume de avaliação desses, com 6 milhões de alunos,
não acontecerem erros. Mas
são pontuais e, quando apareciam resultados estranhos, eu
sempre pedia para recalcular."
RANKINGS
"A escola é muito mais complexa do que qualquer indicador. As avaliações dão uma informação importante, mas não
completa. O que a avaliação de
escola mostra é apenas um indicador de aprendizado dos
alunos. Isso tem a ver com ele,
com sua família, com o ambiente e também com a escola.
As pessoas mais relevantes
de cada escola sabem com
quem devem comparar seus resultados. O diretor sabe qual
escola tem perfil semelhante.
Os professores e pais também
costumam saber com quem devem comparar os resultados."
AVALIAÇÕES
"Elas não são resposta para
todos os problemas, mas estão
contribuindo para melhorar a
qualidade da educação."
FOLHA ONLINE
Leia a íntegra da
entrevista
www.folha.com.br/101239
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