São Paulo, quarta-feira, 04 de maio de 2011

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Tentativa de assalto acaba em tiroteio e morte nos Jardins

Ação ocorreu na esquina das ruas Estados Unidos e Melo Alves; suspeito morreu com disparo de policial à paisana

Aposentada serviu de escudo para suspeito durante tentativa de fuga; policial nega que estivesse fazendo "bico"


REYNALDO TUROLLO JR.
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Uma troca de tiros durante tentativa de assalto nos Jardins, zona oeste de São Paulo, fez lojas fecharem e assustou clientes de restaurantes na tarde de ontem. O suspeito acabou morto por um policial militar à paisana.
Durante a ação, a aposentada Wandi Rocha, 60, entrava na loja Mama Art, na esquina das ruas Estados Unidos e Melo Alves.
Ela foi usada como escudo pelo suspeito e obrigada a andar com ele até uma moto que, segundo testemunhas, o esperava a 40 metros do local.
O homem foi identificado pela PM como Felipe Pio da Silva, 21. Ele chegou na garupa de uma moto CG vermelha com placas de Taboão da Serra, segundo a polícia.
A aposentada contou que o homem apontou a arma, um revólver calibre 38, para a cabeça dela. "Ele apontava a arma e dizia para eu não reagir", disse a mulher.
Segundo a polícia, um sargento do Grupo de Ações Táticas Especiais, fora do horário de serviço, passou pela rua e apontou uma pistola .40 para Silva, ordenando que soltasse a aposentada.
Silva, então, caminhou com a mulher até subir na garupa da moto, pilotada por um comparsa, e disparou contra o sargento da PM.
O tiro atingiu um Celta, mas o motorista nada sofreu.
O sargento revidou o tiro e atingiu Silva na cabeça. Ele chegou a ser levado ao Hospital das Clínicas, mas morreu ao chegar ao local. O piloto da moto conseguiu fugir e até o fechamento desta edição não havia sido achado.

RESISTÊNCIA
Em 6 de abril, o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa) passou a investigar todos os casos de resistência seguida de morte em ações da PM. Desde então, já foram 31 casos no município -mais de um por dia.
O caso de ontem foi registrado no 78º DP (Jardins).
Questionado pela Folha, o PM negou que estivesse fazendo "bico" como segurança. Ele não quis se identificar.
A pistola .40 que usou está em seu nome, afirmou. Segunda a PM, policiais têm autorização do Exército para possuir armas desse calibre.
O advogado do suspeito morto compareceu ao DP, mas não se pronunciou.


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