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Em qualquer época do ano, a Patagônia sempre surpreende
DANIEL NUNES GONÇALVES
DA REVISTA DA FOLHA
"Favor não tirar os sapatos."
Não deve haver lugar no mundo com mais plaquinhas com
esses dizeres do que na Patagônia. Nos ônibus que circulam
pela região das cidades argentinas de El Calafate e El Chaltén,
na província de Santa Cruz, a
advertência se espalha por todo
canto por um motivo especial.
A quantidade de visitantes que
praticam trekking é tamanha, e
os cenários naturais para a atividade são tão fartos, que o chulé virou uma preocupação real
nos ambientes fechados do trecho mais cênico da Patagônia
Argentina.
A ameaça aos olfatos mais
sensíveis é amenizada durante
o inverno, quando este pedaço
sempre belo e frio do planeta
recebe menos andarilhos. É depois da alta temporada -que
vai de novembro a março- que
suas charmosas pousadas e estâncias (fazendas abertas ao turismo) ficam restritas a casais
simpatizantes do sossego no
ambiente rural, a amantes das
leituras à beira da lareira e aos
fãs da boa mesa regada a parrilas, assados e vinhos. A terceira
turma concorda: para que andar tanto se lá fora faz um frio
danado e entre quatro paredes
está tão quentinho?
Durante o inverno, as hospedarias e restaurantes da turística El Calafate, destino dos vôos
que partem de Buenos Aires, se
esmeram para garantir abrigo e
estômagos "calientes" aos visitantes que fogem do frio médio
de dois graus negativos.
Em qualquer época do ano,
no entanto, a Patagônia surpreende os brasileiros. É impossível não se encantar com as
vastas planícies verdes das estepes, os rios e lagos de água
azulada formados pelo derretimento da neve das montanhas
e, principalmente, pelos
glaciares.
Daniel Nunes Gonçalves viajou a convite da Gol
Linhas Aéreas Inteligentes e da Hostería La
Estepa.
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