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Para discutir pré-sal, executivo cancela voo e se salva
CIRILO JUNIOR
DA FOLHA ONLINE, NO RIO
As reuniões para definir as
mudanças no marco regulatório do petróleo, em razão do
pré-sal, salvaram a vida do presidente da EPE (Empresa de
Pesquisa Energética), Maurício
Tolmasquim.
Ele iria embarcar no voo AF
447, da Air France, que caiu no
oceano Atlântico na noite do
último domingo, mas cancelou
a viagem por causa dos debates
marcados para definir as novas
regras do setor petrolífero.
Tolmasquim participaria
nesta semana de um encontro
de negócios em Londres. O executivo tinha três opções para
chegar: ele poderia fazer conexão em Lisboa, Madri ou Paris.
A reserva havia sido feita para a capital francesa, no voo que
decolou na noite de domingo
do aeroporto Tom Jobim, mas
não chegou ao destino.
De acordo com um assessor
direto de Tolmasquim que não
quis se identificar, a comissão
está finalizando os trabalhos e
vem se reunindo de três a quatro vezes por semana para entregar as propostas ao presidente Lula. Em razão desse
cronograma, ele decidiu não
viajar mais. O presidente da
EPE cancelou a reserva para o
voo da Air France na sexta.
"Ele estava atônito na segunda. Tanto pela tragédia quanto
pelo fato de ele não ter embarcado no voo", disse.
Tolmasquim faz parte da comissão interministerial que
avalia as mudanças nas regras
do setor de petróleo, a partir
das descobertas de gigantescas
reservas na camada pré-sal.
Procurado pela Folha, ele não
quis dar entrevista.
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