São Paulo, quinta-feira, 04 de junho de 2009

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Pai de Sean, 9, diz que decisão do STF foi "de cortar o coração"

Goldman quer levar filho, mas tribunal anulou decisão que mandava devolvê-lo

ANDRÉ ZAHAR
DA SUCURSAL DO RIO

Enquanto segue indefinida a disputa entre o pai biológico, o padrasto e a família brasileira pelo menino Sean, 9, o americano David Goldman reencontrou ontem o filho, no Rio.
Na segunda-feira, a Justiça Federal do Rio determinou que Sean voltasse já aos EUA, mas a decisão foi cancelada de forma provisória anteontem pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que deve julgar o caso em definitivo na próxima semana.
Pai, padrasto e a família disputam a guarda do garoto, que veio com a mãe para o Brasil em 2004, mas ela morreu em 2008 e Sean ficou no Brasil, contra a vontade do pai legítimo.
Goldman qualificou a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do STF, que optou por manter o garoto no Brasil, como "de partir o coração".
Goldman e Sean estiveram juntos ontem à tarde, durante cerca de duas horas, no condomínio onde o menino mora com a família da mãe.
"Nos abraçamos, rimos e montamos figuras juntos. Dei-lhe um helicóptero de brinquedo, carrinhos, doces. Ele me chamou de pai e lembrou dos passeios de barco, dos amigos dos EUA, dos avós paternos e dos primos", disse o pai.
A avó materna, Silvana Bianchi, diz ser "sensata" a decisão. "É a vida de uma criança que está em jogo." Para ela, o próprio pai escolheu ficar longe do filho durante quatro anos, para tratar o caso como sequestro.


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