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Pai de Sean, 9, diz que decisão
do STF foi "de cortar o coração"
Goldman quer levar filho, mas tribunal anulou decisão que mandava devolvê-lo
ANDRÉ ZAHAR
DA SUCURSAL DO RIO
Enquanto segue indefinida a
disputa entre o pai biológico, o
padrasto e a família brasileira
pelo menino Sean, 9, o americano David Goldman reencontrou ontem o filho, no Rio.
Na segunda-feira, a Justiça
Federal do Rio determinou que
Sean voltasse já aos EUA, mas a
decisão foi cancelada de forma
provisória anteontem pelo STF
(Supremo Tribunal Federal),
que deve julgar o caso em definitivo na próxima semana.
Pai, padrasto e a família disputam a guarda do garoto, que
veio com a mãe para o Brasil em
2004, mas ela morreu em 2008
e Sean ficou no Brasil, contra a
vontade do pai legítimo.
Goldman qualificou a decisão do ministro Marco Aurélio
Mello, do STF, que optou por
manter o garoto no Brasil, como "de partir o coração".
Goldman e Sean estiveram
juntos ontem à tarde, durante
cerca de duas horas, no condomínio onde o menino mora
com a família da mãe.
"Nos abraçamos, rimos e
montamos figuras juntos. Dei-lhe um helicóptero de brinquedo, carrinhos, doces. Ele me
chamou de pai e lembrou dos
passeios de barco, dos amigos
dos EUA, dos avós paternos e
dos primos", disse o pai.
A avó materna, Silvana Bianchi, diz ser "sensata" a decisão.
"É a vida de uma criança que
está em jogo." Para ela, o próprio pai escolheu ficar longe do
filho durante quatro anos, para
tratar o caso como sequestro.
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