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MARCELO NÓBREGA GOMES PEREIRA (1976-2009)
Um jornalista vidrado em tecnologia
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Às 16h59 da quinta-feira,
Marcelo Nóbrega publicou
pela última vez um texto em
seu site sobre tecnologia, o
Futuro.vc. Falava das novidades da comunicação instantânea na internet.
Como lembra o amigo Nuno Virgílio Neto, que o conheceu nos corredores da
UFRJ em 1995, Marcelo seguia à risca o que considerava ser o pressuposto fundamental de um jornalista: ser
extremamente curioso.
Já na época da faculdade,
manjava tudo de informática
e, até mesmo, dava aulas de
computação. "Eu nunca percebi nele um interesse específico para seguir essa área.
Mas quando começou no
"Jornal do Brasil", ele se
achou", lembra o amigo.
Depois de fazer um estágio, entrou para o caderno de
informática do JB, em 2000.
Em menos de três anos, diz o
amigo, já era editor.
Colaborou com vários sites, jornais e revistas e era
coordenador, em entretenimento, da Globo.com.
Descrito como uma pessoa
intensa pelo amigo, era filho
de português e adorava frequentar um tradicional bar
também português no Rio: o
Adega Pérola. Era ainda viciado em videogame e em
música eletrônica.
Horas após atualizar seu
site, Marcelo morreu subitamente, na madrugada de sexta, aos 33 anos. O laudo sobre
sua morte não ficou pronto
-suspeita-se de infarto.
A missa de sétimo dia será
hoje, às 20h, na paróquia da
Ressurreição, no Rio. Era casado e não deixa filhos.
obituario@grupofolha.com.br
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