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CRIME
Rosa Aparecida Teodoro Yuaso foi assassinada anteontem, num condomínio de classe média alta, em Mairiporã
Psicóloga pode ter sido morta por vingança
FERNANDA DA ESCÓSSIA
em São Paulo
A polícia suspeita de uma "morte por encomenda" no assassinato da psicóloga Rosa Aparecida
Teodoro Yuaso, 56, morta anteontem, em Mairiporã (Grande São
Paulo). O corpo da psicóloga foi
enterrado ontem na cidade.
Rosa Yuaso foi espancada e estrangulada na madrugada de terça-feira por dois homens encapuzados que entraram em sua casa,
no condomínio Alpes da Cantareira, conjunto de casas de classe média alta na serra da Cantareira.
Seu filho Luís Massao Teodoro
Yuaso, 17, foi vendado e espancado pelos homens, que tentaram
estrangulá-lo. Os encapuzados
roubaram dois televisores, um
aparelho de som e alguns instrumentos musicais do garoto e colocaram tudo no carro da psicóloga.
Pedreiros que faziam uma obra
nos fundos da casa ouviram o barulho e chamaram um vizinho,
que acionou a portaria.
De carro, dois porteiros foram
até a casa da psicóloga. No caminho, cruzaram com o Escort dela,
dirigido pelos encapuzados.
O motorista que dirigia o carro
da psicóloga deu ré e foi perseguido pelo porteiro por aproximadamente 150 metros. O Escort caiu
num buraco, parou, e os encapuzados fugiram pela mata.
O produto do roubo foi recuperado. Policiais militares Luís Yuaso, desacordado, ao hospital.
Vingança
A psicóloga se sentia ameaçada.
Ela chegou a entregar à direção do
condomínio um comunicado dizendo ter recebido ameaças e dando uma lista de nomes de pessoas
que não gostaria de ver na região.
A lista seria entregue à polícia,
mas, até o final da tarde de ontem,
os nomes eram mantidos em sigilo. O caso foi registrado como latrocínio, mas o delegado de Mairiporã, Italo Miranda Junior, suspeita de vingança.
"A casa estava em reforma, praticamente abandonada, e era a
mais simples entre as mansões.
Por que assaltar justamente aquela
casa? Sabemos que a psicóloga tinha recebido ameaças e estava em
dificuldades financeiras."
A partir da hipótese de crime encomendado, uma das linhas de investigação adotadas pela polícia é
a relação entre a psicóloga e seu
filho adotivo, Fábio, 23. Mãe e filho discutiam muito.
O rapaz e seus amigos teriam, segundo moradores, provocado
confusões no condomínio.
Fábio Yuaso esteve ontem no velório da mãe, mas não quis comentar o caso. Ele foi ouvido pela
polícia no final da tarde de ontem,
mas o teor de seu depoimento não
fora divulgado até 19h.
A irmã da psicóloga, Luzia Teodoro, confirmou que Rosa estava
amedrontada, mas disse que ela
não tinha inimigos e que acreditava na hipótese do latrocínio.
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