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Secretarias podem ter recursos próprios para propaganda
DA REPORTAGEM LOCAL
A comissão de Finanças da Câmara Municipal aprovou ontem
mudanças no projeto da LDO (Lei
de Diretrizes Orçamentárias) de
autoria do Executivo.
Uma das principais alterações
na proposta, que fixa as diretrizes
para o Orçamento do ano que
vem, é a obrigatoriedade de serem
criadas, nas propostas orçamentárias das secretarias da Educação, da Saúde e do Trabalho, rubricas específicas para gastos com
publicidade.
No orçamento atual, a rubrica
para despesas com propaganda
existe apenas na secretaria da Comunicação Social.
A mudança ocorre após o secretário das Finanças, João Sayad, ter
admitido que houve um erro formal na transferência de verbas
das secretarias da Saúde e do Trabalho para gastos com publicidade no ano passado.
Em maio, durante depoimento
na Câmara Municipal, o secretário disse que o erro aconteceu
porque não havia rubricas próprias para esse tipo de despesa nas
secretarias, que precisavam desenvolver campanhas como a de
prevenção à dengue.
De acordo com o presidente da
comissão de Finanças, Adriano
Diogo (PT), a mudança é resultado de um aprimoramento do projeto. "O objetivo é dar mais transparência ao Orçamento e discriminar os gastos com propaganda.
Campanhas educativas não devem ser confundidas com publicidade", afirmou.
Flexibilidade
Outra mudança é a possibilidade de realocar recursos dessas
pastas e das secretarias da Assistência Social e da Habitação nos
últimos seis meses do ano. No Orçamento deste ano, só é possível
fazer isso no último trimestre.
Segundo Diogo, a mudança é
para facilitar a reserva de recursos
para o pagamento do 13º salário
do funcionalismo público.
O projeto original da LDO foi
aprovado em primeira votação
pela Câmara no mês passado. O
substitutivo da comissão será
apreciado na segunda votação,
que só deve acontecer após a
aprovação de projetos do Executivo, como o Plano Diretor e as subprefeituras.
É que, pela Lei Orgânica do Município, a Câmara entra em recesso após a aprovação da LDO.
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