LUÍSA BRITO
DA REPORTAGEM LOCAL

O julgamento de Suzane von Richthofen deverá ocorrer junto com o dos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos. O juiz Alberto Anderson Filho, do 1º Tribunal do Júri, negou pedido da defesa da jovem requerendo a separação do julgamento -marcado para o dia 17 de julho.
Suzane e os irmãos Cravinhos são acusados de duplo homicídio triplamente qualificado. As vítimas, Manfred e Marísia, eram pais dela. O casal foi morto a pauladas, enquanto dormia, em outubro de 2002.
Os advogados de Suzane argumentam que as defesas são conflitantes -ela diz que foi influenciada pelos Cravinhos e eles a acusam de ser a mentora do crime. Dizem ainda que haverá pouco tempo para a versão da ré sobre o caso, pois as horas da defesa serão divididas.
O juiz não aceitou o argumento. Segundo ele, na hora da escolha dos jurados é que pode haver decisão sobre a cisão, pois há a possibilidade de haver conflito entre os réus quanto a preferência de jurados de cada um.
Os advogados de Suzane pretendem entrar com habeas corpus contra a decisão do juiz. "Existe constrangimento ilegal contra a plenitude da defesa", disse Mário Sérgio de Oliveira, um dos advogados da jovem.
Ontem, a defesa de Suzane entrou com pedido de habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal) para que ela espere o júri em liberdade. A solicitação, com pedido de liminar, será julgado pela presidente do tribunal, ministra Ellen Gracie.


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