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Com restrição, cooperativa deixa de recolher lixo reciclável
CINTHIA RODRIGUES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O material reciclável separado durante uma semana por 48
condomínios, 12 escolas e dezenas de casas na Lapa (zona oeste) pode ser misturado com o lixo comum nos próximos dias.
O conteúdo de contêineres, sacos e caixas costumava ser recolhido por um caminhão da
cooperativa de catadores Reciclázaro, que não tem circulado
por causa da nova restrição da
prefeitura a estes veículos.
Caminhões de lixo comum
podem circular das 21h às 16h,
mas os de cooperativas de reciclagem podem levar multa de
R$ 85,13 a cada vez que forem
flagrados na área de restrição.
"Não posso guardar aqui. Se
acumular, vou ter de jogar fora
com o lixo orgânico", afirma
João Bosco, 36, zelador do edifício Harmony. O prédio fica na
rua Tonelero, por onde o caminhão da Reciclázaro passava às
terças-feiras.
O coordenador de Meio Ambiente da Reciclázaro, Marcos
Moreira Vaz, diz que o trabalho
noturno é ainda mais difícil em
escolas e empresas, que não
têm funcionários após o horário comercial. "Por semana, recolhemos 20 toneladas, que são
o sustento de 50 pessoas e agora vão para o lixo [comum]."
De acordo com a ONG Cempre (Compromisso Empresarial para Reciclagem), há cerca
de 40 cooperativas que trabalham com caminhões e que podem ser prejudicadas se não
puderem trabalhar à luz do dia.
Representantes de algumas
dessas entidades participarão
de reunião hoje na Secretaria
Municipal de Transportes para
pedir uma brecha na restrição.
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