São Paulo, sexta-feira, 04 de julho de 2008

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Com restrição, cooperativa deixa de recolher lixo reciclável

CINTHIA RODRIGUES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O material reciclável separado durante uma semana por 48 condomínios, 12 escolas e dezenas de casas na Lapa (zona oeste) pode ser misturado com o lixo comum nos próximos dias. O conteúdo de contêineres, sacos e caixas costumava ser recolhido por um caminhão da cooperativa de catadores Reciclázaro, que não tem circulado por causa da nova restrição da prefeitura a estes veículos.
Caminhões de lixo comum podem circular das 21h às 16h, mas os de cooperativas de reciclagem podem levar multa de R$ 85,13 a cada vez que forem flagrados na área de restrição.
"Não posso guardar aqui. Se acumular, vou ter de jogar fora com o lixo orgânico", afirma João Bosco, 36, zelador do edifício Harmony. O prédio fica na rua Tonelero, por onde o caminhão da Reciclázaro passava às terças-feiras.
O coordenador de Meio Ambiente da Reciclázaro, Marcos Moreira Vaz, diz que o trabalho noturno é ainda mais difícil em escolas e empresas, que não têm funcionários após o horário comercial. "Por semana, recolhemos 20 toneladas, que são o sustento de 50 pessoas e agora vão para o lixo [comum]."
De acordo com a ONG Cempre (Compromisso Empresarial para Reciclagem), há cerca de 40 cooperativas que trabalham com caminhões e que podem ser prejudicadas se não puderem trabalhar à luz do dia.
Representantes de algumas dessas entidades participarão de reunião hoje na Secretaria Municipal de Transportes para pedir uma brecha na restrição.


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